terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Retrô 2013

Vamos lá! Sei que tô meio em dívida com meu leitor, mas dezembro é sempre um mês meio corrido...

Então, hoje eu vou falar desse aninho barra pesada que (graças a Deus) tá acabando.

Pra começar, tive férias horríveis. Foi o janeiro mais sem graça que eu já vivi. Não saí, conheci gente que não valeu a pena, fiquei longe da Moniquinha... :( Mas aí veio fevereiro e o desafio que eu quis: trabalhar 50 horas semanais. Achei que eu não ia terminar o ano com essa carga horária, mas resolvi testar a mim mesma enquanto profissional. Me decepcionei com meu trabalho em alguns sentidos, mas percebi que eu tenho a força que não imaginava. Bem ou mal, eu dei conta! E ainda inventei moda na escola de Biriricas, esse ano eu sei que fiz a diferença na vida dos meus alunos e sei que é essa a nossa missão. Esse ano eu fui professora. Nisso, minha consciência está tranquila, estou realizada. E sei que ano que vem eu posso ser mais ainda, melhor ainda.

Ainda falando de fevereiro, veio o João Pedro. (pra falar a verdade, meu 2013 aconteceu em fevereiro) Foi uma sensação muito diferente. Eu não era mais a irmã mais velha. Eu não era mais filha única. E não era mais madrinha de uma criança só. Ser madrinha de mais um pequeno foi uma honra muito grande.

Aí veio o carnaval... rsrsrs [não vou contar tudo de novo sobre os quatro dias que originaram o namoro mais "sei lá o quê" que eu tive, mas é algo que preciso considerar]
Esse foi mais um desafio. Eu tive que enfrentar coisas que jamais imaginei que podia, ou que conseguia. Mas sou agradecida por ter vivido esses dias ao lado dele. Todos sabem (ou perceberam) que a felicidade que eu vivi foi uma coisa nova na minha vida. Posso ter tido outros relacionamentos antes, mas viver esse amor é cruz que Deus sabe que aguento. Mesmo chorando, sofrendo, errando. Ainda bem que isso tudo aconteceu.

Aí veio março, coisas chatinhas aconteceram, abril, que foi mais um mês corrido...perdi os sisos e a paciência com certa amiguinha do coco [hunf! me mordo de ciúme]. Perdi também a companhia da minha Mônica, que se mudou pra outra cidade...

Em maio, fiquei mais velha e me despedi dos 25 anos. Quase uma coroa agora, quase 30 anos nas costas!
Batizei o João Pedro, comemoramos o primeiro aninho da Lara...

Junho passou voando, Julho veio e os recessos também, mas cada um em uma época, então tive nada de folga no meio do ano.

Aí veio agosto, o mês do desgosto - e das lágrimas. Ohhh mês sufriiiiido! Vale contar que eu oficializei o meu empreendimento, criando a fanpage do meu trabalhinho extra. :D
Em setembro, quase comprei o carro dos meus sonhos e me arrependo até hoje de não ter me sacrificado um pouquinho mais pra conseguir. Mas sei que isso também só vai acontecer na hora certa e algo de bom aconteceu com isso. Estou treinando pra poder desenvolver a minha autonomia e dirigir o Corsinha em paz.
Em outubro, nada mudou muito. Me concentrei no trabalho e fui! Ah!!! Meu diploma de Artes saiu!

Novembro não trouxe muitas novidades, a não ser contar que eu dei muitas voltinhas por aí, e passei a ter certa assiduidade frequentando a casa da Mônica...rsrs (aaaai, se não fosse ela, eu tava ferrada!)

E o que dizer de dezembro? Conheci gente legal, saí bastante. Tive surpresas boas, por que é sempre bom saber que tem gente que se importa comigo. Mesmo que nem todos os fins de semana aconteceram como o planejado, eu tive a certeza de certo sentimento, aquele que ninguém vai arrancar, ninguém pode impedir. E é por isso que aprendi a ser grata por tudo o que aconteceu em 2013. Deus me deu mais do que eu queria, mais até do que eu merecia. Tudo o que aconteceu (de bom e de ruim), aconteceu por uma razão, que ainda não entendo, mas... na verdade nem quero entender.

Quero apenas agradecer. E que venham mais 2.014 desafios!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dia de despedida

Hoje eu me despedi dos meus queridos da 8ª série. Foi com muito aperto no coração que fiz um breve resumo da nossa trajetória na EMEF Biriricas. Quase não pude ler o texto até o final, a emoção do momento sempre me comove... mas agora compartilho com vocês o que escrevi para os meus alunos:

Para os meus xodós, a 8ª série de 2013:

Nossa relação começou em 2008, na gincana. A equipe azul "Alles Blau", formada pela 6ª série, com o meu apoio, e a 2ª série da professora Letícia trabalhou muito unida pela vitória.
Quando nos conhecemos em sala de aula, em 2010, eu tinha uma 5ª série e vocês tinham uma professora de Inglês, que chegou em março, deixou a todos curiosos com a matéria nova que iam aprender. Eu, tinha uma 5ª série agitada, principalmente por que nosso contato acontecia sempre na última aula da terça-feira. Foram aulas de muito calor, principalmente por que essa única aulinha de inglês da semana acontecia num terraço, divido com a 6ª série através de uma parede de compensado. No fim, a aula de inglês era dada na 5ª, mas a 6ª escutava.
Tivemos um ano de folga... em 2011, ano em que recebemos uma escola nova, a professora de inglês não era eu.
Mas em 2012 eu retornei. Vocês já eram uma outra turma, eu já era uma outra professora. (será?)
A 7ª série contava com alguns alunos de diferença. Uns a menos, uns a mais. Mas com certeza, a mesma essência. Eu, já não era mais a professora de inglês. Agora, nosso contato seria diário. Algumas semanas, até mais que diário. Outras responsabilidades, outra disciplina. Uma turma maior, mais bem instalada. E assim foram os 200 dias letivos de 2012.
Chegamos na 8ª série. Mais um ano cheio de matérias novas. Cheio também de ideias diferentes. Tivemos teatros (como era mesmo o nome? O... ) ouvimos músicas, fizemos muitas provas, somativas, tarefas... Alguns derraparam no meio dessa caminhada, mas juntos, nós sempre fizemos a diferença. E juntos não deixamos a peteca cair. Juntos, enfrentamos aqueles dias chatos, em que ninguém tinha muito interesse em fazer tarefa, mas com um pouquinho de esforço, umas piadinhas bestas (e algumas ameaças) as atividades foram cumpridas. Foram quase 200 dias muito especiais, muito diferentes, muito importantes. Por que a cada dia, eu via em vocês uma evolução. Em cada um, uma evolução diferente, é verdade. Mas percebi que agora vocês estão com as asas prontas para o voo. Todos vocês viveram estes anos do Ensino Fundamental de uma forma única para cada um. Alguns de vocês tiveram que se esforçar mais, outros, tiveram facilidade. Outros ainda, tiveram que provar em mais um ano de estudos que tinham condições de avançar. Mas hoje vocês estão aqui.
Hoje é dia de comemorar!
Comemorar que as asas de vocês já estão armadas, encaminhadas, começando a querer voar.
Comemorar que uma fase se encerra e outra está começando.
Comemorar e, ao mesmo tempo, despedir. Mas lembremos que uma despedida nem sempre é definitiva.
Agora é hora de dizer um "até breve". Mas com a certeza de que vocês irão trilhar sozinhos os melhores caminhos que puderem escolher. E que o sucesso venha, independente do rumo que vocês escolham seguir.
Sucesso, meus amores! Juízo, saúde, sorte! E lembrem-se: nunca esqueçam as origens de vocês!
Grande abraço, com muito carinho!

Professora Carol.
11/12/2013
E viva meus recém-formados no Ensino Fundamental!!!


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Criação de Gibi - 5ª série

Post especial para mostrar mais um trabalhinho que eu fiz na EMEF Biriricas: A criação de um gibi para concorrer ao prêmio do Instituto Kautsky. Por falta de tempo da professora, não pude enviar a produção deles, mas acho que vale muito a pena mostrar aqui.

Para criar o gibi, primeiro criamos 4 personagens, que foram elaborados em grupos:




Então, em seguida, escrevemos um texto coletivo:

Um dia sem o verde
(Produção Textual da 5ª série)

            Em Vila das Flores, vivia um garotinho chamado Joãozinho. Ele morava com seu gato, Pone e sua Flor. Morava lá também uma garota rockeira chamada Gisely, que tinha mania de que tudo dela fosse preto.
            Gisely odiava flores, inclusive que morava com Joãozinho. A Flor incomodava-a tanto que Gisely precisou bater à porta de Joãozinho.
            Joãozinho apaixonou-se imediatamente ao vê-la. Gisely, aproveitando-se da situação, pediu que Joãozinho jogasse fora a Flor. O que ninguém sabia é que a Flor era mágica, e toda a natureza dependia da vida de Flor. Quando ela florescia, era Primavera, quando ela se recolhia, era o inverno. Se ela perdesse suas raízes, toda a natureza do mundo também se perderia.
            Joãozinho, muito apaixonado, fez tudo o que Gisely quis: jogou sua Flor de janela abaixo. Enquanto a Flor caía, a natureza ia se desfazendo: as folhas das árvores caíram, as plantas morriam, as águas secavam e o sol se escondia. Flor estava quase morta, caída em um buraco escuro...
            Pone, triste pelo acontecido, resolveu conversar com Joãozinho, mas ele não deu ouvidos a Pone, que decidiu ir sozinho procurar a Flor e fazer com que toda a natureza voltasse à vida.
            Pone encontrou Flor morta e seca, num canto escuro. Ele a levou para Joãozinho, que ao vê-la morta, se revoltou contra Gisely, e entendeu que ninguém vive sem a natureza. Gisely ficou triste porque percebeu que estava fazendo as coisas erradas, odiando as flores. Então Joãozinho começou a chorar de tristeza pela morte de Flor e pelo fim do verde no Planeta. As lágrimas dele começaram a cair sobre a Flor.
            De repente, surgiu de dentro de Flor uma semente, a forma de recuperar a vida perdida. Gisely, muito arrependida do que fez, mais que depressa plantou a semente e começou a cuidar da Nova Florzinha. Juntamente com ela, a natureza começou a renascer na Terra e o verde não morreu.
            Joãozinho, Gisely, Pone e a Nova Flor viveram por muito tempo em Vila das Flores, sempre cuidando da Natureza.

Depois disso, em grupos, criamos o gibi. E o resultado foi esse:









quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Clássica do dia 13


Antes de tudo, é preciso dizer que este texto foi rascunhado dia 04 de outubro. Escolhi o dia de hoje para postar por que ainda vejo certas situações com uma pontinha de revolta e não-aceitação. Mas um pouco mais amadurecida sobre o assunto. E acho que é hora de algumas pessoas lerem certa verdade que o texto traz. Pois bem:

"Para começar, isso não é uma declaração. É um esclarecimento. Na verdade, esclarecer sem tentar ofender, porque essa não é minha intenção em relação a ninguém.
Esclarecer é preciso porque certas pessoas não compreendem o que aconteceu e o que acontece. A verdade é que o que eu sinto vai além do meu querer. É algo que não está no que controlo. Então, pra começar: 
- O fim do meu relacionamento não pode ser, de forma nenhuma, encarado como covardia, sacanagem ou tipo "liga não, Carol, ele não sabe o que perdeu". Não é bem assim. Eu não vejo que terminamos por falta de amar. Ao contrário, terminamos porque a gente, de verdade, se ama. Percebemos que não tínhamos o direito de atrapalhar a nós mesmos e eu não podia exigir que ele queimasse etapas, que ele acelerasse o tempo e as responsabilidades. Agora ainda é a hora de ele ser menino. É hora de ele pensar no ser profissional (super competente) que ele provavelmente vai ser. Lamento muito por não poder ser o suporte que ele precisa quando as vitórias vierem. Ele também se sacrificou. Também não queria que eu adiasse os  meus sonhos. Assim como não seria justo que ele acelerasse, também não era justo que eu tivesse que esperar o tempo dele. A meu ver, eu tinha (e ainda tenho) toda a paciência necessária. Eu estive muito feliz ao lado dele, e estava disposta  a esperar que o tempo dele chegasse, para que ele sonhasse e realizasse comigo. Sei que em alguns momentos também sonhou comigo. Afinal, ter uma família é um sonho lindo, que ainda nos pertence... Fizemos então, em nome do bem que queremos um ao outro, um sacrifício. Sacrificamos a vontade de estar juntos. Sacrificamos o nosso sentimento para a nossa realização.

- Não dá pra pensar que devo (ou posso ou tenho que querer ou preciso ou até mesmo que vou) esquecer. Gostar dele é algo que eu nem consigo evitar. Vai além da questão do meu querer. Já está claro que o que eu quero é construir uma família. E, para isto, não se elege um gatinho de 16 anos. Então, tê-lo na minha vida não foi uma opção, mas tornou-se algo essencial. Eu tentei não me envolver, eu quis que ele não ficasse aquele carnaval todo no meu pé. Eu pedi pra ele ir. Mas ele pediu meu telefone. Eu fechei a porta do meu coração. Ele pulou uma janelinha aberta. Eu fugi do beijo dele. Ele me ofereceu um abraço. Abraço tão gostoso, tão quente, tão irresistível... Que eu caí. Caí, fui pro chão (novidade!) E cá estou. Envolvida, apaixonada, insegura. Agora sou propriedade. Pertenço a este sentimento. Como um bem, um imóvel, ou melhor, um veículo. Então, talvez esse sentimento nem sempre seja compreensível. Na verdade, nem quero que me compreendam. "Entendo, você gosta do menino" - me disseram. É isso. Eu gosto. Não: eu amo o menino. Sem querer amá-lo, querendo evitá-lo, mas jamais (e em tempo algum) eu poderei ignorar isto. É fato que um dia, vou colocar isso tudo no bolso e pegar o "próximo ônibus que passar no ponto". Isso pode acontecer logo ou pode demorar ainda. Ou pode nem acontecer e eu vire uma "Dominque-nique-nique" e esperá-lo em vão pelo resto da minha vida. Mas não nos cabe decidir se isso vai acontecer, o futuro a Deus pertence e vamos confiar que Ele faça das nossas vidas o que for melhor."

Amém!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

6ª série: "Primavera", do Tim Maia

Foi com muito prazer que após o teatro da 8ª série, a turma da 6ª série apresentou (e representou) a música "Primavera", do Tim Maia.



Antes de levar a eles a música, trabalhei com a biografia do cantor e compositor.
Segue o texto que foi lido antes da apresentação:


"Tim Maia (nome artístico de Sebastião Rodrigues Maia; Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1942 — Niterói, 15 de março de 1998), foi um cantor, compositor, produtor, maestro, multi-instrumentista
e empresário brasileiro, responsável pela introdução do estilo soul na música popular brasileira e reconhecido mundialmente como um dos maiores ícones da música no Brasil. Suas músicas eram marcadas pela rouquidão de sua voz, sempre grave e carregada, conquistando grande vendagem e consagrando muitos sucessos. Nasceu e cresceu na cidade do Rio de Janeiro, onde, em sua infância, já teve contato com pessoas que viriam a ser grandes cantores, como Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos. Em 1970, gravou seu primeiro disco, intitulado Tim Maia, que, rapidamente, tornou-se um sucesso país afora com músicas como "Azul da Cor do Mar" e "Primavera".


Quando lançou seu primeiro álbum, Tim Maia, no início da década de 1970, Tim Maia havia gravado apenas dois compactos. Foi Nelson Motta, produtor musical, quem ajudou o então pouco conhecido Maia, após ter escutado a canção "Primavera (vai chuva)". Motta, que gostou muito do trabalho e da pessoa de Maia, o colocou em contato com Elis Regina, com quem gravou These are the songs, no ano de 1969. Isso chamou a atenção de sua gravadora, a Polydor, que acelerou o processo de gravação de seu primeiro disco. "

Deixei também que eles procurassem a música "Primavera", e eles escolheram para encenar a versão do intérprete Maurício Manieri, que segundo a turma, fez uma versão mais romântica da música.
A apresentação também foi ideia da turma: nada de cantar, somente encenação. 

E agora, senhoras e senhores, com vocês, a turma da 6ª série!!!


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

7ª série: "As Coisas não Caem do Céu", do Leoni


Então, a 7ª série era uma turma que precisava de limites. Na verdade, a turma ainda precisa, mas pelo menos, eu movi pauzinhos pra reestabelecê-los. A música que eu trabalhei com a turma foi para mostrar a eles que tudo é possível, desde que se tenha boa vontade e esforço.

Apresento-lhes, então, a versão original:


Aproveitando a onda de protestos que contextualizou nosso país, trabalhei a letra da música ligada ao momento social, acho que eles absorveram. Mas foi ao ouvirem a música que veio a empolgação: "`professora, eu posso tocar?" Bruno prontamente se dispôs a tocar no violão a música enquanto outros colegas cantavam. Ensaiamos por dias, não só a música, mas também uma parte encenando cada estrofe. Ficou uma beleza de apresentação nos ensaios...

Mas no dia choveu, Bruno não pode levar o violão pra a escola e nós tivemos que fazer a apresentação usando o som da escola mesmo... :( Uma pena. Mas, no fim, deu tudo certo. (à exceção de Anthony e Emanuele que entraram na hora errada)

E então, a apresentação da 7ª série, pra vocês!



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

8ª série: A Deusa da Primavera

A Deusa da Primavera capturada para o mundo subterrâneo



A turma da 8ª série apresentou uma adaptação do vídeo de Walt Disney em forma de peça teatral.


É claro que a turma inseriu muitas novidades, como a trilha sonora diferente, os figurinos moderninhos e a parte musical virou apenas a interpretação de cada música. O diálogo também foi adaptado, já que nossos atores não decoraram as falas a tempo...rs
De modo geral, a turma se mostrou muito participativa e criativa nas ideias apresentadas para esta adaptação.


Aqui vai o texto que eu li, explicando a origem do videozinho assistido pela turma:


A Deusa da Primavera (no original (em inglês) The Goddess of Spring) é um curta-metragem de animação de Walt Disney da série Silly Symphonies, de 1934, que reconta o mito grego do Rapto de Perséfone pelo deus dos mortos, Hades, ali retratado como o diabo.



O filme não foi comercial, e tinha por objetivo experimentar em animação a figura humana pois, até aquele momento, os estúdios de Walt Disney haviam produzido somente desenhos animados em que animais e plantas eram as personagens; seu objetivo maior era a concretização do primeiro longa animado, narrando o conto dos Irmãos Grimm, Branca de Neve, e que veio a se concretizar em 1937, com Branca de Neve e os Sete Anões.

E agora, "A Deusa da Primavera" versão 8ª série:



E com vocês, o "Sarau da Primavera"

Caríssimos,

A partir de hoje então postarei os últimos acontecimentos da minha querida EMEF Biriricas de Cima. A última sexta-feira foi marcada na escola como o dia das apresentações para culminar o projeto de leitura (mas não encerrá-lo, falarei dele mais adiante). Nossos alunos reuniram-se após o recreio do dia 27 de setembro de 2013, para mostrar apresentações preparadas com o tema "Primavera" a fim de comemorarmos a chegada desta tão esperada estação do ano.

O sarau iniciou-se então com a fala de nossa diretora Rosicléa Christo, seguida da apresentação do poema "Leilão de Jardim", da Cecília Meirelles, apresentado pelas turmas de 4º e 5º ano, coordenadas pela professora Letícia Volkers.
A apresentação das turmas de 4º e 5º ano foi seguida pela leitura de um poema escrito por um aluno da 7ª série que não quis ser identificado. A partir disto, começaram as apresentações que eu preparei.

Aqui vai o texto apresentado pelo 4º e 5º anos:

Leilão de Jardim

Quem me compra um jardim com flores?
Borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é o meu leilão.)
Cecília Meireles

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

E amanhã: O SARAU!

Geeeeeente...

Amanhã apresento um Sarau da Primavera - um pedido da minha querida diretora Roze, que não exitei em realizar.

Tá dando um trabalho danado, mas vai valer a pena! ;)

Amanhã posto alguma coisinha, por que por hoje estou só um bagaço... Mas prometo: vai ser muuuuuito legal!

Bjinhos, até amanhã!!!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

E setembro chegando ao fim...

Bom gente...

Primeiro, preciso me desculpar. Não concluí a postagem do meu TCC. O problema é que aconteceu algo terrível: perdi meu pendrive com TODOS os arquivos dele. Aí, minha gente...danou-se!

Também me desculpo por estar apenas pensando e não postando. É que ando pensando tanta coisa que achei melhor não postar pra não me expor tanto. Passo por períodos meio delicados no que penso e no que sinto, então é melhor lembrar da famosa frase "Falar é prata, calar é ouro". Por este motivo, tenho agora um silêncio justificado. Mesmo que eu fique muito angustiada, por enquanto vou me calar. Obrigada pela compreensão.

That's all, folks! ;)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sobre dar uma satisfação

Amados,

Sei que tenho andado muito ausente... Sei que parei de postar o TCC... Tenho algumas justificativas a dar:

1 - Realmente, a minha conexão é muito deficiente para que eu conclua as postagens do TCC. Elas possuem muitas fotos e assim que eu encontrar meu pendrive e eu tiver tempo enquanto fizer meu planejamento da escola de Biriricas, eu postarei.


2 - [suspiros...] Tenho andado com inspiração para escrever apenas sobre um assunto que talvez não agrade muito ao meu leitor ficar repetindo o meu discurso sobre o fim do meu namoro. Dessa vez, diferentemente da outra vez, não quero (e não vou) apagar as postagens sobre ele. Até por que não quero apagá-lo da minha memória. Quero que ele viva no meu pensamento por que as lembranças são tudo o que me restam do tempo em que eu fui feliz. Vocês devem pensar: "mas que exagero! Como ela pode dizer que foi feliz ao lado de um menino de 16 anos?" Sem nenhuma palavra a menos, eu fui feliz ao lado dele. É fato que também ao lado dele sofri e passei por situações que uma senhora da minha idade jamais imaginaria passar. Mas eu o amo. Com tanta força e tanta intensidade que tive que concordar em deixá-lo ir. É tão doloroso lembrar do 'adeus' dito por ele. Mais dolorido ainda é lembrar que ele nunca olhava pra trás ao sair daqui de casa, mas naquele dia, ele olhou. Foi como se soubesse que, provavelmente, que não nos veremos novamente. Nunca mais. Essa sensação me incomoda, por que nem que seja de longe, uma única vez, sem mesmo poder falar com ele, eu queria vê-lo de novo... Ver seu sorriso, seus olhos... Ai, quem dera... E a vida segue.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Te amarei de "fevereiro a fevereiro"*

Meu amor:

Então, um dia você me declarou: 'ainda não sei qual é a vantagem que você leva em estar comigo'.

Pensando, pensando...vantagem? Realmente não sei. Mas sei o porquê de estar com você.

Por que você passou três dias de carnaval me dando atenção e querendo saber se no dia seguinte a gente ia se ver.

Porque você mandava mensagens diariamente me tratando não como sua ex-professora, aquela que qualquer ex-aluno pegaria, mas como alguém que reencontrava uma pessoa especial (foi assim que me senti, pelo menos).

Por que sem nem pensar no que a maioria das pessoas falava, você quis sair comigo, andar de mãos dadas e me apresentar pros seus amigos.

Por que você topou entrar no meu grupo de amigos e conviver com eles.

Por que ao completarmos um mês você disse: "Obrigado por aparecer na minha vida e melhorar tudo".

Por que nesse primeiro mês você invadiu tudo o que eu pensava, não deixando espaço pra mais ninguém.

Por que por você, eu também não me importei com o julgamento de ninguém.

E por você, mudei tudo o que eu pensava sobre relacionamentos.

E por você, estou aprendendo a ter auto-controle.

Por você, criei paciência para entender que o que importa é estar do seu lado, não interessa a hora, nem o lugar.

Por você, engoli sapos e sapos... Daqueles que eu nem digeri ainda, mas faço isso sem me importar, por que fazer coisas por você valem a pena.

Por que quando você abre um sorriso, nada mais me importa.

E quando você está do meu lado, é como se o mundo fosse completo. Mesmo quando você aparece nos meus sonhos, e aí eu acordo sabendo que não era real, mesmo assim, fico feliz por poder ver você.


E mesmo que você não acredite em nenhuma dessas palavras, ou mesmo que você não responda o que eu espero que você responda, eu ainda quero te dizer mais uma vez: EU AMO VOCÊ! (e essa é a vantagem em estar ao seu lado.)

"Achei vendo em você, e explicação nenhuma isso requer..."**
[* Título apropriado da música "De janeiro a janeiro", do Nando Reis.
** Trecho da música "Pra você guardei o amor", também do Nando Reis.]

sábado, 6 de julho de 2013

Como fiz um TCC em 20 dias - parte V

CAPÍTULO 2: IMAGENS QUE FALAM

2.1 – O olho que vê o passado

Para KOSSOY (2001) toda captura é feita com algum objetivo: se é retratar uma pessoa, um lugar, ou se a foto destina-se a servir como documento de alguma construção. O que se conclui é que no mundo onde se passou a possuir uma máquina com o fabuloso poder de retratar fielmente as imagens que são vistas e colocá-las no papel, a fotografia adquiriu também valor de documento, não apenas histórico, mas como objeto de arquivo, para futura pesquisa. Assim, as imagens que foram coletadas são referentes, em sua maioria, a épocas antigas – aproximadamente da década de 1950 – da comunidade, retratando seu cotidiano simples e interiorano.
A fotografia não está enclausurada à condição de registro iconográfico, isento dos cenários, personagens e fatos das mais diversas naturezas que configuram os infinitos assuntos a circundar os fotógrafos, onde quer que se movimentem. Há um olhar e uma elaboração estética na construção da imagem fotográfica. A imaginação criadora é a alma dessa forma de expressão. [...] (KOSSOY, 2001. p.49)

Refletindo acerca de todos os depoimentos adquiridos e observando as fotografias coletadas, os alunos da Escola de Santa Isabel iniciaram suas análises, conhecendo mais sobre a criação e adaptação do seu próprio âmbito educacional. Os alunos selecionados a participar da investigação, primeiro passaram por alguns critérios de seleção no que diz respeito à disponibilidade de frequentar a escola em um turno matutino, dificuldade/facilidade no transporte e interesse no assunto. De acordo com a direção da escola, os alunos matriculados no turno vespertino seriam mais adequados a participarem pelo fato de não precisarem sair da sala de aula. Dentre os 96 alunos do turno vespertino, dezesseis inscreveram-se para participar, mas nas atividades compareceram apenas seis.

A primeira ação foi realizar uma mostra dos vídeos obtidos com as entrevistas. A pesquisa com os depoimentos foi construída juntamente com eles e a história foi novamente contada e “costurada”. Com isso, tivemos a oportunidade de juntar todas as partes contadas e montar a história oficial, que faz parte do primeiro capítulo desta pesquisa.


2.2 – As imagens do passado, o que dizem?

Conforme a história da escola surgia e tomava forma, as imagens adquiridas tomavam lugar de “ilustração” dessa história. Analisar com mais calma essas fotografias, por sua vez, tornou-se objeto indispensável para maior compreensão de tamanha importância. Não se pode, portanto, deixar de relacionar imagem e palavra, pois ambas apresentam complementaridade, são coordenadas uma à outra. De acordo com JOLY (1994) é através desse dialogismo entre imagem-palavra que se pode verificar a veracidade do que é retratado no que se vê. Relação esta confirmada por KOSSOY (2001) quando diz:

Deve-se por outro lado entender que a imagem fotográfica é um meio de conhecimento pelo qual visualizamos microcenários do passado; contudo, ela não reúne em si o conhecimento do passado. O exame das fontes fotográficas jamais atingirá sua finalidade se não for continuamente alimentado de informações iconográficas (...) e das informações escritas de diferentes naturezas contidas nos arquivos oficiais e particulares, [...]
(KOSSOY, p. 78, 2001.)


Assim, a partir de questionamentos simples, os alunos analisaram as fotografias coletadas relacionando-as à história já ouvida.

Foto 1: Leilão de Gados para arrecadação de fundos beneficente à construção do Pré-Juvenato São Francisco Xavier. Santa Isabel, por volta de 1956. Arquivo pessoal de dona Edith Wernersbach Stein


“Vejo na foto, como a descrição mesmo diz, um leilão de bois na praça. Sei que é a pracinha daqui por causa do busto do Irmão Câncio que está ali. Há muitas casas velhas, bois e homens. Eles estão com muita disposição para arrematar um boi. Hoje em dia, a fachada das casas é diferentes, o busto está em outro lugar, não acontecem mais leilões no meio da rua. Acontecem, mas só quando tem festa aqui. Essas são as diferenças principais.”

João Victor Guarnier Astori, 14 anos, aluno da 8ª série.


Foto 2: Alunos do Pré-Juvenato São Francisco Xavier. (sem data) Arquivo pessoal de dona Edith Wernersbach Stein

“Na foto, aparecem meninos usando farda. Eles estão alinhados para tirar foto. Provavelmente, tirar foto não é um hábito deles por que eles estão muito duros na pose, e estão muito sérios também. Só alguns estão rindo, devem ser os mais atentados da turma. Eles estão em um lugar onde tem muito mato e o professor está no fundo da foto observando tudo. Pela cara dele, deve ser muito rígido.”

Ítalo Uliana Guarnier, 13 anos, aluno da 7ª série.


Foto 3: Inauguração do Pré-Juvenato São Francisco Xavier. Arquivo pessoal de dona Edith Wernersbach Stein

“As pessoas estão em volta do seminário, dá pra ver que está tendo uma festa lá. A rua é muito diferente da de hoje em dia. Hoje tem pavimentação, muitas casas em volta. O seminário não é mais assim, agora lá tem quadra, campo de futebol, piscina.”

Ítalo Uliana Guarnier, 13 anos, aluno da 7ª série.

[Continua na próxima devido a quantidade de imagens a carregar...]

sábado, 29 de junho de 2013

Como fiz um TCC em 20 dias- parte IV [a história até então oficial]

Oi gente!

Estou muito feliz em ter conquistado novos leitores! E mais feliz ainda ser elogiada pela Dani Ribet (uma ex-aluna) no post anterior. Esse meu trabalho de graduação foi um evento muito importante na minha vida ano passado, por isso a  vontade em compartilhá-lo aqui no blog.  Antes de postar a quarta parte, quero contar como foi que a construí.

Depois de coletar os depoimentos da dona Edith e do padre Abílio, procurei também a Zezé, para saber se ela teria algo para me contar. Infelizmente, nós duas, muito ocupadas (e eu estava com o tempo muito contado, já que demorei em começar a escrever) marcamos e desmarcamos várias vezes o nosso encontro com a tia dela, dona Mirta. Por este motivo, não pude acrescentar no meu trabalho tais informações e depoimentos que contribuiriam ricamente com o trabalho, mas aqui vai a minha consideração e o meu agradecimento à Zezé pelo incentivo e pela intenção em me ajudar.

Fui até a escola de Santa Isabel conversar e mostrar meu projeto para a atual diretora, Eliana de Deus Sobrinho, e também pedir a autorização para buscar mais conhecimento sobre o histórico da escola. Com isso, dei o pontapé inicial na parte prática: o trabalho com os anjinhos...rs

1.2 – O que diz a História

Não se pode escrever sobre a história da escola separando-a da história do lugar. Por este motivo, em certas situações, a explicação se faz um pouco maior do que o normal e inicia-se antes mesmo de haver escola. A colônia de Santa Isabel foi a primeira do Estado do Espírito Santo a receber imigrantes alemães, os quais instalaram-se em solo martinense no ano de 1846. A localidade recebeu este nome em homenagem à santa padroeira da princesa Isabel, herdeira da coroa portuguesa. Os imigrantes se espalharam, cultivando as terras e criando novas comunidades. Conforme consta no site oficial do Prefeitura Municipal de Domingos Martins (acesso em 10 jun 2012), na Vila de Santa Isabel, como o distrito era chamado, ficaram os católicos e em Campinho, atual sede do município se instalaram os luteranos. O município de Santa Isabel desmembrou-se de Viana em 20 de outubro de 1893, e em 26 de junho de 1896 a sede municipal passou a ser Santa Isabel. Em 1917, a sede volta a ser Campinho. Em homenagem ao herói capixaba nascido em Itapemirim, Domingos José Martins, o município passa a ter o seu nome em 20 de dezembro de 1921, desta forma, Santa Isabel passou a se chamar apenas um dos cinco distritos.

A escola surgiu na comunidade com o nome de Escola Paroquial de Isabel por volta de 1930, na qual os professores eram os padres. O Irmão Câncio (segundo depoimentos, este foi o fundador) e o Irmão Germano foram os responsáveis pela educação no local. Era uma escolinha que possuía apenas uma sala, funcionava logo ao lado da igreja na qual frequentavam por volta de 40 alunos, matriculados nas séries iniciais do que hoje chama-se Ensino Fundamental. Até aproximadamente 1950, o ensino era ofertado apenas até a 4ª série. A partir de 1955, o Pré-Juvenato (atual Seminário do Verbo Divino) passou a ofertar o ensino Ginasial, o que corresponde às séries finais do Ensino Fundamental, com o padre Henrique Otto.

Em 1964, a Escola Paroquial passou a ser mantida pelo Estado, passando a se chamar Escola Singular de Isabel. Nesse período, ainda funcionava o Pré-Juvenato, para os rapazes e o Educandário Maria Virgem, para as moças. Encontravam-se então na comunidade, três instituições de ensino, e logo em 1966, também por intermédio estadual, houve uma junção e a criação do que mais se assemelha à escola atual: Escolas Reunidas de Santa Isabel, sob a direção de Cecília Vier (Irmã Irene), que funcionou durante um ano com esse nome até o ano seguinte, quando passou a se chamar Grupo Escolar Santa Isabel, já em sede própria, não mais em terreno da igreja. Com toda essa mudança, o ensino público passou a ser ofertado apenas nas séries iniciais, até que em 1970, houve a criação do Ginásio pelo CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade), que encerrou suas atividades em 1990, quando o Estado passou a ofertar todo o Ensino Fundamental, e a escola passou a se chamar Escola de Primeiro Grau Santa Isabel. Em 2001 houve outra mudança no nome: Escola Estadual de Ensino Fundamental de Santa Isabel, até ser municipalizada em 2004, passando a ter o nome que é usado até o presente dia: Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Isabel.


Já nos tempos mais atuais, a estrutura física da escola passou a apresentar abalos e não garantia mais a segurança necessária aos alunos. Por este motivo, a direção contando novamente com a parceria entre Escola e Igreja, voltou com os alunos para o salão da Igreja, o mesmo que tinha sido a escola nos primórdios. 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Como fiz um TCC em 20 dias - parte III [A história da escola de Santa Isabel]

CAPÍTULO 1: A HISTÓRIA DA ESCOLA DE SANTA ISABEL


1.1 – A História Contada

O histórico de criação e desenvolvimento da atual Escola de Santa Isabel até o momento inexiste no que se refere à material escrito. Dessa forma fez-se necessária a coleta de depoimentos, na forma de vídeo que posteriormente foram transcritos. Tais depoimentos foram dados por pessoas de grande influência na comunidade, como uma das diretoras da escola, dona Edith Wernersbach Stein, 72 anos e um professor da escola numa época mais atual, Pe. Abílio Pereira Pinto, 80 anos.

Como afirma BOSI (1979) utilizar-se da memória de idosos é importante porque eles são a prova viva de um passado e sua evolução: presenciaram as alterações ocorridas no lugar e nas pessoas, da mesma forma como percebem que as relações interpessoais também sofreram alterações. A aquisição destes depoimentos se faz de grande importância considerando que é a partir deles que se pode chegar a saber como a escola foi criada e evoluiu até os dias atuais. Justifica-se, portanto, a fala dos idosos como o instrumento pelo qual a história foi adquirida.

Ao lembrar o passado ele não está descansando, por um instante, das lides cotidianas, não está se entregando fugitivamente às delícias do sonho: ele está se ocupando consciente e atentamente do próprio passado, da substância mesma da sua vida. (BOSI, 1979. p.60)

Depoimento de dona Edith Wernersbach Stein, 72 anos, professora aposentada:

“Nasci e comecei a estudar em Bom Jesus, que hoje faz parte do município de Marechal Floriano. Em 1954, o ano que me formei, vim para Santa Isabel por causa do concurso de ingresso estadual que ocorreu. Havia duas vagas para a escola de Marechal Floriano e quatro vagas para a escola de Campinho, mas meu pai só me deixaria trabalhar se eu escolhesse a escola de Vila Isabel. Então, comecei a trabalhar como professora. Passei em 1º lugar no concurso e entrei na escola, que se chamava IIª Escola Singular de Isabel, por que o lugar se chamava “Vila Isabel” e não Santa Isabel, como se chama hoje. Nessa época, a escola funcionava lá no salão paroquial, no lugar onde a escola funciona hoje, mas possuía apenas uma sala de aula, dividida em duas partes. Os alunos tinham muito respeito pelo professor, os alunos respeitavam tanto os pais quanto os professores, eles escreviam no caderno as regras de convivência que eram estabelecidas logo no primeiro dia de aula, e todos obedeciam por que havia mesmo, muito respeito. Na escola não tinha funcionários, a merenda era feita pela empregada que eu tinha em casa, com a verba que a escola recebia, mas não tínhamos nem merendeira, nem servente, a limpeza era feita pelo próprio professor. Os alunos maiores iam até a casa do professor para buscar a merenda feita, e assim era o recreio. Antes de a escola receber a verba do estado, os alunos traziam o lanche deles. Alguns não traziam nada, e infelizmente, ficavam sem o que comer. Vinham de longe, andando horas para chegar até a escola, mas estavam sempre limpos, uniformizados, mantinham sempre o respeito. Em sete de setembro, todos compareciam com o uniforme tingido e passado, sempre muito alinhados. As turmas eram sempre grandes, nunca tive menos que 36 alunos em sala de aula, mas todos compareciam nos desfiles.”

Depoimento do Padre Abílio Pereira Pinto, 78 anos, pároco da comunidade de Santa Isabel:

“Nasci e estudei os primeiros anos de minha vida no distrito de Aracê, onde não tínhamos ensino completo, por este motivo vim para Santa Isabel para concluir o Ensino Primário e fazer o exame de admissão para ir para o Ginásio. Estudei aqui apenas um ano, em 1945, no qual fui aluno do Padre Egon, e no ano seguinte fui estudar em Minas Gerais. Voltei à comunidade em 1970, para ser pároco da comunidade e professor de Português no Ginásio, mantido pelo CNEC (o que corresponde atualmente às séries finais do Ensino Fundamental). A escola funcionava como um internato para nós, alunos de fora da comunidade, saíamos da casa dos padres apenas para ir à escola e à igreja, visitávamos nossas famílias muito pouco, tanto que nem lembro com que frequência. Tínhamos normas muito rigorosas, que nos mantinham em ordem tanto no lugar onde morávamos quanto onde estudávamos. Eram coisas simples para a convivência coletiva, pois éramos muitos meninos, devíamos saber nos organizar. Regras como arrumar as camas, engraxar os sapatos, manter armários arrumados, respeitar sempre os professores. Não lembro bem se havia indisciplina nas salas de aula, isso é muito mais comum hoje em dia do que naquela época. Na escola, não havia outros funcionários, nem secretária, nem servente, era apenas o professor e os alunos. Mesmo assim, não aconteciam problemas com falta de respeito ou molecagem, isso é coisa de hoje em dia. A sala era cheia, tinha mais ou menos uns 30 ou 40 alunos, e todos sabiam como se comportar, até por que se não houvesse esse bom comportamento, a gente voltava para casa, para trabalhar na roça e podia esquecer o Ginásio que queríamos fazer.”

Através destes depoimentos nota-se que a Escola de Santa Isabel passou por várias modificações e adaptações no que tange ao nome, ao lugar de funcionamento, ao tipo de alunos que recebeu, ao nível de ensino que ofertou. Todas essas transformações aconteceram por necessidade e pela própria evolução do lugar, uma vez que mais alunos foram matriculados na escola, surgindo assim a necessidade de uma adaptação.

É evidente que nenhuma dessas alterações ocorreu subitamente. Sendo assim, fez-se importante que os relatos fossem analisados em conjunção com as fotografias. Conforme aponta KOSSOY (2001), a veracidade da fotografia enquanto documento histórico é incontestável:
[...] ao comparar os conteúdos fotográficos do passado aos dos demais documentos pictóricos ou escritos, se estará diante do desconcertante verismo da informação visual fotográfica, o que diferencia em essência as fontes fotográficas das demais.
(p. 158)

A transcrição do que foi dito é também objeto de estudo que merece maior atenção. Assim, para que haja a credibilidade do documento escrito em relação ao documento fotográfico, torna-se prática a conferência em mais de um depoimento a fim de que as informações tenham respaldo. De acordo com BOSI (1979),

Uma memória coletiva se desenvolve a partir de laços de convivência familiares, escolares, profissionais. Ela entretém a memória de seus membros, que acrescenta, unifica, diferencia, corrige e passa a limpo. Vivendo no interior de um grupo, sofre as vicissitudes da evolução de seus membros e depende de sua interação. (p.410-411)


Com isso, a história relatada foi revisada e analisada através de um estudo e averiguação feitos com outros membros da comunidade escolar e da igreja.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Como fiz um TCC em 20 dias - capítulo II

Voltei, queridoooooos! :D

Depois de passar todo o fim do mês de maio e primeiros dias de junho do ano passado com a cara colada nesse mesmo computador que hoje escrevo, descobri duas datas que me fizeram entrar em desespero: postagem final do TCC: 25/06 (:O) e data de apresentação: 07/07 (:o²)!!! Fiquei louca: entrei mesmo em desespero, imaginando que no fim de tudo não seria capaz de concluir a faculdade. Mas tive a ajuda de alguns amigos (principalmente a Mônica!) e consegui concluir. Aqui vão os primeiros elementos pré-textuais que considero importantes: dedicatória, agradecimentos, resumo e introdução. 

Boa leitura! [e quem quiser, me dê opinião!]
Captura de tela da dedicatória: "A Celina Stein da Penha"
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente, por me permitir a oportunidade de fazer outra graduação. Sem a força e a vontade Dele, jamais chegaria aqui.
Agradeço a minha mãe, Maria do Carmo Penha, ex-diretora e professora da EMEF Santa Isabel, por tudo o que representa na minha formação enquanto pessoa e profissional das artes e da educação.
A minha avó, dona Celina Stein da Penha, cuja presença não se faz mais em nosso meio, mas mesmo assim devo todo um agradecimento pelo carinho e dedicação durante a minha infância e adolescência; dedicação sem a qual seria impossível eu ser quem eu sou.
A minha “irmã” emprestada, Mônica Christina Bermond, a quem eu tive a honra e privilégio de cursar uma faculdade e compartilhar não apenas os saberes aprendidos ou não, tenho muito a agradecer, por que além de estar por perto em todas as tarefas, também esteve durante a minha vida pessoal.
Agradecimento à comunidade católica de Santa Isabel, na pessoa do Padre Abílio Pereira Pinto e à dona Edith Wernersbach Stein, pelos depoimentos e incentivo ao resgate do histórico da nossa localidade.
A equipe pedagógica da Escola Municipal de Ensino Fundamental de Santa Isabel, por todo o auxílio e boa vontade ao abraçar meu projeto.
Enfim, agradeço a todos que indireta ou diretamente ajudaram-me das mais variadas formas na conclusão deste e dos demais trabalhos deste curso. Meu carinho e gratidão!

RESUMO

Este trabalho apresenta o histórico da atual Escola Municipal de Ensino Fundamental de Santa Isabel através da fotografia, uma vez que as mudanças em relação a espaço físico, corpo docente e corpo discente que acontecem no âmbito escolar são visíveis através das imagens. Traz uma reflexão acerca desse histórico, a fim de uma valorização que consequentemente visa criar no corpo discente um respeito ao patrimônio escolar, como ambiente de valor histórico-social. A referida escola, desde os tempos de sua criação, por volta da década de 1930 até os dias atuais já sofreu e ainda sofre inúmeras modificações, tanto no que se refere ao lugar e à construção, quanto em relação à clientela (os alunos) e sua procedência geográfica e social, ao quadro profissional (rotatividade de professores) e à adaptação curricular. Percebe-se com este trabalho que o ambiente escolar é espaço de constante adaptação e por este motivo a intenção é fazer com que o aluno (principalmente aquele que é oriundo de outros municípios) conheça e saiba dar valor ao espaço que tem, bem como a qualidade do ensino que a escola oferece, se comparado a outras escolas públicas.

Palavras-chave: Fotografia, Memória, Resgate histórico, Escola

INTRODUÇÃO

A atual Escola Municipal de Ensino Fundamental de Santa Isabel é atualmente referência de educação no município de Domingos Martins. Por este motivo, a investigação acerca de sua história merece atenção. Baseando-se em dados coletados através de entrevistas e fotografias antigas que mostram a comunidade e o ambiente escolar em seu cotidiano, a história foi reescrita de nova maneira, analisando relações interpessoais e as alterações pelas quais sofreu a localidade.

Através do relato dos idosos que, dialogicamente, foram relacionados às imagens coletadas, foi possível transcrever uma nova história: aquela que foi escrita pelos alunos da escola de acordo com o seu ponto de vista, analisando as mudanças ocorridas no que se refere à estrutura física, ao corpo docente, ao tipo de ensino ofertado e ao público que frequenta o ambiente educacional.

Desta forma, houve a necessidade de os alunos conhecerem o histórico da escola a fim de um regate do que até então foi perdido: os valores sociais e éticos no que tange à depredação de patrimônio, o respeito ao profissional da educação e ao próprio colega, a convivência com alunos portadores de necessidades especiais e com outros alunos. Tendo como base as fotografias antigas mostrando as adaptações que gradualmente foram acontecendo no âmbito da escola, propôs-se a um grupo específico de alunos que eles ficassem responsáveis pela análise e uma produção fotográfica atual, posteriormente transformada em exposição para garantir o acesso a esse material a todos do corpo discente.

A exposição – fruto das análises e do novo olhar adquirido pelos alunos – torna-se então a nova história da escola, uma vez que as imagens falam por si, mostrando como e de que maneira o ambiente escolar foi modificado. Assim, percebe-se que é possível escrever uma história em algumas imagens, atingindo todos os públicos de todos os níveis que a Escola de Santa Isabel abrange. 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Voltando... [Como fiz um TCC em 20 dias - capítulo I]

É, eu sei...tomei um chazinho de sumiço... Mas foi culpa dos Cinquenta Tons - livros de EL  James que ando lendo. (e outras coisinhas mais, confesso...rs) Espanando a poeira por aqui, decidi compartilhar em capítulos, da mesma forma que contei sobre a formatura em letras, o meu Trabalho de Conclusão de Curso. Então, disponibilizarei aqui o material que eu produzi com muita dedicação nessa mesma época do ano, direcionada pela não tranquila Isabel...rs

Para começar, o trabalho teve que ser aprovado (o que aconteceu em dezembro de 2011) pelas gentilíssimas Sonia e Letícia. Com essa aprovação, eu tinha a autorização para iniciar minhas leituras e pesquisas, mas não foi bem assim que aconteceu.

O trabalho foi desenvolvido a partir da minha trajetória no curso, postagem que já compartilhei com vocês aqui.

Em janeiro de 2012 eu tive férias incríveis: matei um embrião de namoro, sofri horrores com a chuva que insistia em ficar na região serrana e passei a primeira quinzena dentro de casa. Aproveitei pra comprar pela internet alguns livros que foram recomendados como bibliografia para o TCC. Os livros chegaram. Mas o dia 15 chegou também trazendo o sol de volta ao estado do ES e eu pude partir em direção ao litoral, sempre ao lado da minha fiel escudeira Mônica. Aproveitei muito bem esses últimos 15 dias e acabei me esquecendo da vida...inclusive das leituras do TCC...

O ano letivo começou, as atividades da faculdade também começaram (inclusive as tarefas para aqueles de DEPENDÊNCIA em Filosofia da Arte) e fui fazendo as obrigatoriedades mais urgentes, e o trabalho final ficando para trás. Em Março tivemos uma "boa" notícia: nossos orientadores mudaram e iriam nos visitar no dia 17/03 (poxa vida, bem no dia em que eu e meus familiares iríamos estar na praia!) Ah! Problema nenhum: vou para a praia assim mesmo! E fui. E ainda estava com tudo por fazer. Foi então, na segunda visita de Isabel ao polo de Domingos Martins, em 26/05/2012, que peguei no tranco e comecei a escrever o TCC.

E por hoje é só...

Amanhã eu conto mais! Bueninhaaaas! ;)
Fui pra a praia sim! Mas bem feito: levei uma sapecada do mormaço e fiquei com marca de óculos na cara... hunf! :/

terça-feira, 30 de abril de 2013

Sobre o mês que vem aí...

Bom, a postagem de hoje é referente ao mês que está prestes a iniciar: MAIO.

Maio, mês das mães. Maio, mês das noivas. Mês da indústria do casamento faturar e aumentar os preços de tudo. Mas o que configura a palavra casamento?
Há pessoas que o caracterizam como O evento, a festa na qual as pessoas se endividam ou gastam tudo o que têm, ou gastam muito...muito dinheiro em nome do luxo que é celebrar um casamento com tudo o que têm direito: vestidão, convites em papel perolado, uma infinidade de casais de padrinhos, damas de honra e pajens. Talvez a cerimônia celebrada com tamanha pompa não vai durar: estatisticamente falando, a tendência é separar. É normal os casais perceberem que não se dão bem depois dos primeiros anos de casados (ou muito pior: em meses percebem isso). Há quem diga que tudo vale a pena em favor do dia mais importante de suas vidas, mas... ora essa! Como pode esse dia ser mais importante que o dia que você iniciou a relação com a pessoa que você gosta? Ou mais importante que o nascimento de um filho? Ou mais importante que o dia da formatura? Um casamento não se baseia na festa que marcou seu início. Afinal, a palavra casamento não pode se referir a apenas um dia. A meu ver, ele se compõe de muitos e muitos dias, pelos quais o casal convive, divide as frustrações, as alegrias, as decepções, as vitórias... O motivo de comemorar pode ser diário, cotidiano. É motivo de comemoração se o casal passou o dia todo bem um com outro, é motivo de comemorar que o carro foi quitado ou que a família saiu do aluguel. Casamento (e agora eu falo de qualquer tipo de relacionamento) é intimidade. É algo que não tem necessidade de ser exposto. As pessoas de fora, muitas vezes, não querem o bem da gente, como eu já falei aqui sobre a inveja, nem vou me aprofundar nesse assunto, mas é a verdade. Não temos que declarar ao mundo e muito menos fazer aquela festa - na qual participam todos os invejosos, inclusive - justamente por que devemos guardar as comemorações para as horas que de verdade são importantes, principalmente na vida a dois, que dizem, é tão complicada.

Eu sei que estou sendo um tanto radical e crítica com esse post. Mas acabei aprendendo que a felicidade acontece é no dia-a-dia. Nos pequenos momentos. Num dia em que você passa a tarde toda rindo com a pessoa, vendo filminho em casa mesmo, ou no dia que sua afilhada olhou pra você e soltou aquele sorrisão só pra você, ou ainda quando você recebe uma visita inesperada de uma amiga que te faz bem... Felicidade é menos, é amar o que se tem e ver o que acontece de especial nessas pequenas situações, mas tão importantes. Então, amado leitor, não me leve a mal quando eu escrevo essas coisas. Quer fazer festa? Faça! Faça como eu, festeje o aniversário. Quer coisa melhor que celebrar a vida? (Eu tinha que tocar nesse assunto, né? rs) Vocês podem até me qualificar como uma pessoa frustrada e até traumatizada com esse tal assunto... talvez eu seja...mas não me arrependo de ter comemorado meus 25 anos, dos quais estou em fase de despedida, com estilo. Agora falando sério, é preciso saber a que damos valor, e sem dúvida, aparecer para os outros pra mim, não é importante. E pra você?
Alianças de Rita e Julio (leitores do blog \o/) que se casaram apenas na igreja,  por pura necessidade da bênção. Lindo casamento, aliás!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

E a hora vai chegando...

Boa noite, amados!

É bem em épocas de entrar no meu inferno astral que volto a vos falar...rs

Na verdade, os comentários (que foram feitos pessoalmente) sobre a última postagem me fizeram pensar um pouquinho na minha tal solidão. Algumas pessoas até se preocuparam comigo. Mas amigos, fiquem tranquilos por que eu ainda não pretendo morrer! kkkkkkkkk

É que na verdade, quando eu digo que me sinto sozinha, é que eu preciso de alguém pra me distrair, pra me fazer rir, alguém do meu lado... Por isso é meio complicado de entender. Quem tem amigos sempre por perto, quem tem filhos que os ocupem, quem tem um bilhão de tarefas pra fazer, não sabe do que eu estou falando. Quando eu falo de solidão, já é aquela situação que você não tem mais o que fazer, o que pensar. Você fica perdida, sem rumo. É assim que eu me sinto quando bate aquele sentimento ruim, que dói o estômago, que aflige, que me faz mal.

[Pausa cômica: enquanto eu escrevo aqui, ouço a Letícia Sabatella dizer na tevê: "ninguém nasceu pra viver sozinho!"  - pausa cômica ou irônica?]

Enfim, gente. A parte que eu queria apenas me justificar é essa. Quando eu escrevi, foi apenas uma forma de mostrar a vocês o que eu sinto e fazer algumas pessoas entenderem as neuras do meu coração. Espero ter sido clara nos meus textos. 

Agora, vai mais uma do meu muso Leoni, com letra pro meu leitor embalar o sono e descansar... Um dia ainda vou ouvir alguém cantar essa pra mim... [eu já canto mto essa...rs]




Do Teu Lado

Leoni

Te escrevo essa canção
Pra te fazer companhia
Pra segurar tua mão
Não te deixar sozinha
Canção feita de pele
Pra usar por baixo da roupa
Canção pra te deixar
Um gosto doce na boca
Te escrevo essa canção
Porque nem sempre ando perto
E essa canção me ajuda
A atravessar um deserto
Canção de fim de tarde
Pra se infiltrar nos seus poros
Pra acordar com você
Te olhar no fundo dos olhos
Canção pra andar do teu lado
Em toda e qualquer cidade
Pra te cobrir de sorrisos
Quando eu chorar de saudades
Te escrevo essa canção
Pra te fazer companhia
Pra segurar tua mão
Não te deixar sozinha
Canção feita de pele
Pra usar por baixo da roupa
Canção pra te deixar
Um gosto doce na boca
Canção pra andar do teu lado
Em toda e qualquer cidade
Pra te cobrir de sorrisos
Quando eu chorar de saudades