sexta-feira, 26 de agosto de 2011

E agora, José?


Como entender esse comportamento? Acho que temos que voltar um pouquinho na infância...

Sempre uma criança gordinha, era desprezada por meninos (o que era muito óbvio) também houve o desprezo por parte das meninas. Nunca gostei de jogar bola, nunca fui boa nisso... Sofri muito com isso, aconteceram várias e várias ocasiões em que me tornava apenas a "gordinha cdf" que servia apenas para passar cola. Na verdade, hoje eu vejo que naquela época, ninguém gostava realmente de mim, certas pessoas apenas apareciam comigo por conveniência. Lembrar isso é muito doloroso. Na época, não havia bullying, né? Mas, então, voltando ao assunto, minha adolescência não foi muito diferente da infância. Ainda não gostava de frequentar a quadra de esportes para jogar, apenas como espectadora. Ainda assim, era uma menina que não recebia cartinhas, que os meninos não aceitavam dançar quadrilha, nem fazer dupla na escola, muito menos pra gostar. O tempo foi passando, devagar apareceram interessados, mas ainda assim, alguma coisa faltava...

Depois que me tornei professora, não sei por qual motivo, passei também a chamar atenção. Talvez pela proximidade que mantenho com eles, por ter aparência mais jovem do que sou, por que, de alguma forma, deixei de ser a gordinha cdf para ser alguém admirável...

Como lidar com isso? Não sei. Só sei que NÃO QUERO voltar a ser a desprezada. Não quero ir mal arrumada para o meu trabalho (que amo), não quero que eles não gostem de mim, não quero ser grosseira e brigar com eles a todo o tempo, não quero ser a pessoa amarga que estou me tornando...quero ser apenas eu...não estou sendo.

sábado, 20 de agosto de 2011

Me sentindo mal...

Me perdi nos meus próprios obstáculos. Construí um ser humano que não sou eu, e desta forma me afasto mais ainda de quem quero ser. Sei que todo mundo erra, todos somos humanamente errantes. Mas... eu não sei como as coisas acontecem, tenho a sensação de que eu era expectadora e não participante das minhas próprias memórias. Não quero mais ser assim. Quero correr atrás da construção da minha família: apesar de ser um sonho cada dia mais distante, enquanto eu viver, ele vive comigo. É difícil demais viver sem amor, sem sonhos, sem planos, sem esperanças... estou cansada disso tudo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Mesma História

Todo dia a mesma história,
você diz que o mundo quis
seu destino sem vitória,
sua vida por um triz.
Todo dia o mesmo engano,
sempre vai na contra-mão.
Diz que é parte de um plano
de um Deus sem coração.
Meu amigo,
o mundo gira e ninguém vai te esperar.
Sentir pena de si mesmo
só vai te levar a solidão.
Sempre de cabeça baixa
sem saber pra onde ir.
Não consegue achar graça,
não consegue mais sorrir.
Tanta pequenez te faz um homem sem nenhum valor.
O sol nasce para todos, mas você só vê ele se pôr.
E você vive por aí a invejar o que não tem.
E você vive por aí a odiar quem te quer bem.

(Thiago Pedalino e Pedro Curvello)

Musiquinha da banda Ramirez pra completar o assunto da postagem anterior. Adoro a banda, e essa tem tudo a ver...;)

Sobre mudar


Dizia a canção da novela das seis "Araguaia":

"Vai, amigo, não há perigo que possa assustar
Não se iluda, que nada muda se você não mudar..."

Então, como já li uma frase num desses orkuts por aí "Para mudar o mundo, é preciso primeiramente mudar a si mesmo". Acho que é isso: por mais que consideremos que coisas erradas aconteçam conosco, lamentar não é a melhor opção. Tudo pode até dar errado, mas temos que arregaçar as mangas e correr atrás do prejuízo. A mudança é o princípio do sucesso, não nos acomodemos. Infelizmente, nem sempre sabemos a hora em que temos que iniciar uma certa mudança em nossas vidas. Até quando é possível engolir sapos e enfrentar o que não vale a pena? Sabemos que a vida se faz no hoje, no que se planta hoje para que tenhamos um futuro confortável, proveitoso, tranquilo... Até onde vale a pena sacrificar o presente pensando no dia de amanhã? E se semana que vem nem chegar? "Não temos tempo a perder..."

O que fica é o equilíbrio. Viver o hoje, aproveitando-o, mas sem deixar de pensar no amanhã. Um dia podemos dormir de um jeito e acordar de outro, hoje sou professora e amanhã... rsrsrsrsrs...o amanhã a Deus pertence! =P

[Pensando em pintar o cabelo de vermelho. Será?]

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Felicidade...

O que é? O que é preciso para ser feliz? Não sei. Sei que a minha é ver quem eu amo satisfeito. Quem eu amo? Minha família? Meus amigos? Ele? Sim, amo todos esses. E todos esses felizes formam a minha satisfação, a minha felicidade...Novamente, me pergunto: o que é preciso pra eu ser feliz? Ser simplesmente desejada? O que foi melhor ouvir: "Gostosa" ou "puta que pariu ao quadrado"? Com certeza o que eu valho pra um é muito menos do que o que eu valho pra ele...Então, pensando nesse sentido, eu sou alguém que vale alguma coisinha pra ele... Como será que ele me vê? Eu acho que sou só uma amiga... Não sei se algum dia rolou atração, mas depois de tantas confissões, se interessei, não devo interessar mais. Pena, minha bola de cristal se quebrou, nunca imaginei que ele fosse terminar outro namoro. E agora não posso mais concertar. Me aproximei, virei amiga. Tenho chance de ser promovida? Sei não... o tempo é quem vai dizer... Os dias vem e vão e se for plano de Deus, ele vai me querer como eu o quero. e se não for, eu continuo torcendo pela felicidade dele, ao lado de quem o faça feliz...e serei feliz com isso. Se Deus quiser.

Escrito em 12/01/2011.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Amor: substantivo abstrato. Amar: verbo transitivo


Todo ser humano, pensante, respirante, vivente e que sente vive em busca de uma só coisa: a felicidade. Como chegar até ela? Qual é o caminho mais rápido para que tenhamos uma felicidade plena?

Muitos dirão: o amor é o caminho. E então, entramos numa grande contradição que é o amor... Quais seriam as definições para esta palavra?

Segundo o Aurélio:

a.mor, s.m. Afeição profunda de uma pessoa por outra; afeto a pessoas ou coisas; sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou uma coisa; conjunto de manifestações instintivas e afetivas que caracterizam o instinto sexual; paixão; exaltação; atração física e natural entre seres de sexos opostos; afeição; amizade; carinho; ternura; zelo.

E segundo Camões:

"O amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer..."

Afinal...a que conclusão chegamos? A nenhuma, caro leitor... E eu sei disso cada vez menos. Sei que é possível amar. Já mudei a palavra! Como é amar? Respeitar, ouvir, fazer bem a alguém... Conceitos estes um tanto complexos para uma breve discussão em um pobre blog. Acredito no poder do amor, acredito mais ainda na força dos pensamentos e das palavras. Sei que amamos de fato, àqueles que são nossos. Mas e quanto a nossos semelhantes? Por que nos damos bem e amamos algumas pessoas e outras nem sempre? O que acontece que nos faz pensar "o amor acabou"? Minha sábia mãezinha costuma dizer que "quem deixa de ser, nunca foi". Bom, pensando agora nisso, posso afirmar: temos afinidades em comum com as pessoas, nos damos bem com outras, temos respeito e carinho mútuos em relação a alguém...mas amar...aí eu não sei. Se eu disser aqui que eu já amei algum homem na minha vida, poderia estar mentindo...por que na verdade, amor é um substantivo abstrato, ninguém nunca o viu. E amar, é um verbo transitivo, é preciso de um "complemento" para ter sentido completo. E cadê você, objeto direto, objeto indireto...tenha preposição ou não...onde está você, cavaleiro andante? Será que é isso?

Ô complicação, essa língua portuguesa!!!! (Coloco a culpa nela!)