terça-feira, 30 de abril de 2013

Sobre o mês que vem aí...

Bom, a postagem de hoje é referente ao mês que está prestes a iniciar: MAIO.

Maio, mês das mães. Maio, mês das noivas. Mês da indústria do casamento faturar e aumentar os preços de tudo. Mas o que configura a palavra casamento?
Há pessoas que o caracterizam como O evento, a festa na qual as pessoas se endividam ou gastam tudo o que têm, ou gastam muito...muito dinheiro em nome do luxo que é celebrar um casamento com tudo o que têm direito: vestidão, convites em papel perolado, uma infinidade de casais de padrinhos, damas de honra e pajens. Talvez a cerimônia celebrada com tamanha pompa não vai durar: estatisticamente falando, a tendência é separar. É normal os casais perceberem que não se dão bem depois dos primeiros anos de casados (ou muito pior: em meses percebem isso). Há quem diga que tudo vale a pena em favor do dia mais importante de suas vidas, mas... ora essa! Como pode esse dia ser mais importante que o dia que você iniciou a relação com a pessoa que você gosta? Ou mais importante que o nascimento de um filho? Ou mais importante que o dia da formatura? Um casamento não se baseia na festa que marcou seu início. Afinal, a palavra casamento não pode se referir a apenas um dia. A meu ver, ele se compõe de muitos e muitos dias, pelos quais o casal convive, divide as frustrações, as alegrias, as decepções, as vitórias... O motivo de comemorar pode ser diário, cotidiano. É motivo de comemoração se o casal passou o dia todo bem um com outro, é motivo de comemorar que o carro foi quitado ou que a família saiu do aluguel. Casamento (e agora eu falo de qualquer tipo de relacionamento) é intimidade. É algo que não tem necessidade de ser exposto. As pessoas de fora, muitas vezes, não querem o bem da gente, como eu já falei aqui sobre a inveja, nem vou me aprofundar nesse assunto, mas é a verdade. Não temos que declarar ao mundo e muito menos fazer aquela festa - na qual participam todos os invejosos, inclusive - justamente por que devemos guardar as comemorações para as horas que de verdade são importantes, principalmente na vida a dois, que dizem, é tão complicada.

Eu sei que estou sendo um tanto radical e crítica com esse post. Mas acabei aprendendo que a felicidade acontece é no dia-a-dia. Nos pequenos momentos. Num dia em que você passa a tarde toda rindo com a pessoa, vendo filminho em casa mesmo, ou no dia que sua afilhada olhou pra você e soltou aquele sorrisão só pra você, ou ainda quando você recebe uma visita inesperada de uma amiga que te faz bem... Felicidade é menos, é amar o que se tem e ver o que acontece de especial nessas pequenas situações, mas tão importantes. Então, amado leitor, não me leve a mal quando eu escrevo essas coisas. Quer fazer festa? Faça! Faça como eu, festeje o aniversário. Quer coisa melhor que celebrar a vida? (Eu tinha que tocar nesse assunto, né? rs) Vocês podem até me qualificar como uma pessoa frustrada e até traumatizada com esse tal assunto... talvez eu seja...mas não me arrependo de ter comemorado meus 25 anos, dos quais estou em fase de despedida, com estilo. Agora falando sério, é preciso saber a que damos valor, e sem dúvida, aparecer para os outros pra mim, não é importante. E pra você?
Alianças de Rita e Julio (leitores do blog \o/) que se casaram apenas na igreja,  por pura necessidade da bênção. Lindo casamento, aliás!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

E a hora vai chegando...

Boa noite, amados!

É bem em épocas de entrar no meu inferno astral que volto a vos falar...rs

Na verdade, os comentários (que foram feitos pessoalmente) sobre a última postagem me fizeram pensar um pouquinho na minha tal solidão. Algumas pessoas até se preocuparam comigo. Mas amigos, fiquem tranquilos por que eu ainda não pretendo morrer! kkkkkkkkk

É que na verdade, quando eu digo que me sinto sozinha, é que eu preciso de alguém pra me distrair, pra me fazer rir, alguém do meu lado... Por isso é meio complicado de entender. Quem tem amigos sempre por perto, quem tem filhos que os ocupem, quem tem um bilhão de tarefas pra fazer, não sabe do que eu estou falando. Quando eu falo de solidão, já é aquela situação que você não tem mais o que fazer, o que pensar. Você fica perdida, sem rumo. É assim que eu me sinto quando bate aquele sentimento ruim, que dói o estômago, que aflige, que me faz mal.

[Pausa cômica: enquanto eu escrevo aqui, ouço a Letícia Sabatella dizer na tevê: "ninguém nasceu pra viver sozinho!"  - pausa cômica ou irônica?]

Enfim, gente. A parte que eu queria apenas me justificar é essa. Quando eu escrevi, foi apenas uma forma de mostrar a vocês o que eu sinto e fazer algumas pessoas entenderem as neuras do meu coração. Espero ter sido clara nos meus textos. 

Agora, vai mais uma do meu muso Leoni, com letra pro meu leitor embalar o sono e descansar... Um dia ainda vou ouvir alguém cantar essa pra mim... [eu já canto mto essa...rs]




Do Teu Lado

Leoni

Te escrevo essa canção
Pra te fazer companhia
Pra segurar tua mão
Não te deixar sozinha
Canção feita de pele
Pra usar por baixo da roupa
Canção pra te deixar
Um gosto doce na boca
Te escrevo essa canção
Porque nem sempre ando perto
E essa canção me ajuda
A atravessar um deserto
Canção de fim de tarde
Pra se infiltrar nos seus poros
Pra acordar com você
Te olhar no fundo dos olhos
Canção pra andar do teu lado
Em toda e qualquer cidade
Pra te cobrir de sorrisos
Quando eu chorar de saudades
Te escrevo essa canção
Pra te fazer companhia
Pra segurar tua mão
Não te deixar sozinha
Canção feita de pele
Pra usar por baixo da roupa
Canção pra te deixar
Um gosto doce na boca
Canção pra andar do teu lado
Em toda e qualquer cidade
Pra te cobrir de sorrisos
Quando eu chorar de saudades

quarta-feira, 17 de abril de 2013

E a capacidade de SOBREviver


Por muitas vezes eu me considero uma pessoa um tanto neurótica por não possuir uma capacidade simples: não me adapto à solidão. Para mim, é simplesmente insuportável a sensação de me sentir sem ter com quem conversar, com quem me distrair, até mesmo com quem contar. Eu sei, é irônico demais uma pessoa como eu ser tão insegura assim. Vou explicar-lhes dizendo que desde que me conheço por gente, sou desse jeito. Para tanto, porém, é preciso que eu volte às épocas finais de 1986, tempos que fui concebida, para que meu leitor entenda melhor.

Então, de repente, eu existi. A princípio uma gravidez indesejada, fruto de uma relação não-oficial entre a minha mãe e Sr. Ninguém (por que nada consta em minha certidão de nascimento). Dona Carminha, aos 34 anos, professora, me conta que a felicidade da vida dela foi descobrir que seria mãe. Decidiu então que me amaria independente de quem mais estaria ao lado dela. Sr. Ninguém, por sua vez, afirmou que não sabia do que se tratava o assunto. "Não quero filhos". Essa foi a primeira situação em que me rejeitaram, me abandonaram. E foi aí, antes mesmo de nascer e de saber que eu sou quem eu sou, tive a primeira sensação de ser sozinha. O próximo passo foi ser anunciada aos meus avós. Mesma reação. Minha mãe não foi bem tratada com a notícia. Novamente, não fui bem aceita. E novamente antes mesmo de ser quem sou, me senti abandonada.

Localizada em lugar longe de casa, minha foi trabalhar e se sentiu bem recebida em comunidade estranha. Ali, conheceu meu pai. Chegou a hora que o mundo me solicitava e então, numa sexta-feira, às 9:45 da manhã, no dia 08 do mês de maio de 1987, chorei pela primeira vez. E pela primeira vez, ao ouvir meu choro, as pessoas não me rejeitaram. Meu tio me registrou, minha tia me deu banho, e minha avó sorriu para mim... E não parou mais de sorrir, enfim me aceitando.

Apesar de já ter sido aceita por toda a família de minha mãe e de já ter ganhado um pai, eu cresci sentindo o peso de ser sozinha. Não tive irmãos e nem a noção de que aquele pai não me dara sua carga genética. A cada noite que todos dormiam, eu chorava a solidão que me restava. A cada visita que aparecia em casa e se despedia, eu chorava. A cada amiga que se aproximava de mim e depois mudava de ideia, eu chorava.

As pessoas não entendem que essa sensação é mais forte que eu. É muito mais que abandono. É mais do que não ter com quem conversar. É algo como se a minha alma fosse sozinha, um vácuo. Contudo, não é sempre que esse vazio me surpreende. Até porque sou pessoa de pouquíssimas amizades. Pouquíssima confiança. Por isso tamanha insegurança me invade. Por isso acabo cedendo à solidão. Preciso me livrar disso e tenho escrito como uma válvula de escape. Por mais que eu sei que tem pessoas que eu posso contar sempre... Ainda assim, o mundo me abandona. As pessoas passam pela minha vida e eu sempre acabo me despedindo delas. Não mais aos prantos, como quando eu era criança (aliás essa a primeira lembrança que eu tenho: eu correndo de camiseta e calcinha na rua aqui na frente de casa, chorando porque alguém estava indo embora). Mas me despeço com angústia, com nó na garganta, com a impressão de que a pessoa nunca vai voltar.

A vida tem me ensinado que as despedidas são inevitáveis. Sei que todos se despedirão de mim um dia. Dos importantes, já me despedi de amores, já me despedi da minha avó, já me despedi de bons amigos que não são mais amigos. E sobrevivi. Acho que a minha angústia é essa, ter sobrevivido. Talvez se quem fosse embora fosse eu, se eu deixasse alguém pra trás ao invés de ser deixada. Se eu quebrasse as barreiras e deixasse esse passado nebuloso aqui onde ele está. Talvez assim eu me livraria disso.  Mas enquanto isso não acontece, me resta escrever. Me resta iludir a minha solidão com a intuição que alguém me lê, e talvez eu seja compreendida. A vida não foi boazinha comigo no que tange à ser socialmente ativa, mas pelo menos eu vivo. Vivo na solidão. Mas vivo!

Ufa...hoje foi pesado, né?

"Essa obra de NÃO-ficção baseia-se em fatos reais. Qualquer semelhança com nomes de personagem NÃO é mera coincidência".

[Boa Noite!]

Mas gente.... como não amar um neném desse??? *.*

sábado, 13 de abril de 2013

Postagem Comemorativa


Olá, caríssimo leitor! Hoje é dia de comemorar, afinal é dia 13 de abril, dia do beijo!


Hahahahahaha não somente dia do beijo, confesso... Hoje completam-se dois meses que estou em um relacionamento sério com Sr. Mateus Spadêto. :D

Pensando nos dois meses, lembrei da música "60 dias apaixonado", composição de Constantino Mendes e Darci Rossi, gravada por Chitãozinho e Xororó na década de 70. Porque afinal dois meses são 60 dias. Ou não?

Não. No nosso caso, hoje completamos 59 dias porque começamos em fevereiro. Nossos 60 dias apaixonados serão completados amanhã! Enfim...na verdade hoje eu queria escrever só pra ele...

Escrever pra dizer o quanto esse tempo já me fez aprender tanta coisa...a cada vez que eu me controlo, que eu me pego sendo alguém mais paciente, menos ansiosa, alguém mais tolerante, mais controlada. E quando eu vejo toda essa mudança, eu percebo a missão que temos a cumprir. Vejo que Deus quando põe pessoas erradas na vida da gente, é pra aprender. Mas quando Ele põe as certas...a gente tem que aproveitar ao máximo! (e aprender mais ainda!)

Tenho aprendido muito, é verdade. Mas o futuro é algo que não está no nosso controle, ele pode estar perto, pode estar longe de nós, ele pode até mesmo nem existir. Isso não quer dizer que eu não faça mais planos, que eu abri mão das coisas que eu quero. Ainda quero aquilo tudo, mas na hora certa. Sem queimar etapas, sem colocar a carroça na frente dos bois, cada coisa a seu tempo e seu lugar. Isso eu aprendi com ele também.

Enfim, depois de tanta coisa que eu melhorei em mim mesma, só tenho a agradecer. Cada ligação que fez meu coração disparar, cada sms que me fez sorrir, cada manhã que eu acordei sabendo que tinha uma carinha linda pronta pra ser acordada... Se hoje eu posso dizer que em algum tempo eu fui (e ainda estou sendo) feliz, é graças a tudo isso que acontece atualmente, na companhia do meu menino... Ainda que temos enfrentado algumas dificuldades, algum preconceito, algum olho gordo. Mesmo que esse tempo complete em 60, 90 ou 1.000 dias. Mesmo que esse tempo nem se complete. Um dia, vou lembrar disso tudo com o maior carinho e dizer com orgulho que um dia amei, e mesmo sem esperar algo em retribuição, alguém me amou, de verdade.

[Chega que já estou próxima daquele probleminha que acontece quando a emoção é grande...rs]

E parabéns para nós! Viiiiiiivaaaaa!



sexta-feira, 12 de abril de 2013

Musicão de Abril!

Como já tem um tempinho que não posto uma trilha sonora... (brincando!rs) Resolvi postar essa porque me descobri na letra dessa música. E descobri que assim que pensei nela com alguma semelhança na minha vida, ela voltou à mídia, em breve será tema da abertura da nova novela das 7, "Sangue bom". Na final do BBB, ela também foi executada pelo próprio Lulu...lindamente, por sinal. 

Mas minha análise sobre essa música é na letra (e não tô falando da parte que faz "nanana, nanananananana....") É que as pessoas se preocupam muito com a vida alheia, e o Lulu fala disso com uma sutileza brilhante. É preciso esquecer da vida dos outros pra vivermos a nossa...É preciso nos desprendermos e sermos apenas nós mesmos. Só assim a felicidade vem. Vai aí agora a letra pra você cantar junto com o mestre Lulu!


"Toda Forma de Amor

Lulu Santos

Eu não pedi pra nascer
Eu não nasci pra perder
Nem vou sobrar de vítima
Das circunstâncias
Eu tô plugado na vida
Eu tô curando a ferida
Às vezes eu me sinto
Uma mola encolhida
Você é bem como eu
Conhece o que é ser assim
Só que dessa história
Ninguém sabe o fim
Você não leva pra casa
E só traz o que quer
Eu sou teu homem
Você é minha mulher
E a gente vive junto
E a gente se dá bem
Não desejamos mal a quase ninguém
E a gente vai à luta
E conhece a dor
Consideramos justa toda forma de amor
Eu não pedi pra nascer
Eu não nasci pra perder
Nem vou sobrar de vítima
Das circunstâncias
Você não leva pra casa
E só traz o que quer
Eu sou teu homem
Você é minha mulher
E a gente vive junto
E a gente se dá bem
Não desejamos mal a quase ninguém
E a gente vai à luta
E conhece a dor
Consideramos justa toda forma de amor"