terça-feira, 26 de março de 2013

The Envy


Bom...hora de voltar a entrar em contato com o meu leitor antes que o mês acabe novamente e eu deixe vocês aqui, sem notícias...rs

Hoje o meu assunto é um sentimento. Um sentimento que muitas vezes brota no ser humano sem que ele perceba. Um sentimento que muitas vezes é irreversível, que traz consequências sérias e na maioria das vezes, nunca assumimos que estamos sentindo e assim que ele passa nos faz arrepender. Não, caríssimo leitor. Não estou falando de amor. Estou falando de algo muito, muito negativo. Estou falando de INVEJA.

A inveja é algo destruidor. E o pior, ela vem silenciosamente. Infelizmente, há pessoas que a sentem sem nem perceber. A inveja cega, atormenta e causa muitos males. É o que acontece nos casos do chamado "olho gordo". Acho que é por isso que, por maior que seja a felicidade que sentimos, não devemos anunciá-la. (Tá aí a explicação pra a falta de notícias...) Certas coisas, para dar certo, precisam ficar exatamente aonde estão. Nem sempre podemos contar com o fato de as pessoas de fora quererem o seu bem, e é aí que o ser humano falha: temos tanta necessidade de compartilhar nossos sentimentos que esquecemos que eles precisam ser preservados.

Preservar, nesse caso, não é o mesmo que ser introvertido ou se tornar uma pessoa mais fria. É questão de segurança mesmo. Podemos escanear o contra-cheque e postar a foto no Facebook? Obviamente, não podemos. Dessa mesma forma, não se pode anunciar a felicidade. Seja ela em excesso, ou pequena... A felicidade é um bem tão precioso, tão raro, tão passageiro que não. Não podemos correr o risco de jogar fora a felicidade pelo simples fato de querermos que os outros saibam disso. Há uma fábula muito engraçada, contada a mim por um colega meu da Língua Portuguesa que vou tentar reproduzi-la abaixo:

"Havia um passarinho e um joão de barro em galhos distintos de uma árvore. O joão de barro, sabendo que o passarinho pretendia fazer seu ninho na mesma árvore, deixou que caísse uma grande porção de barro sobre ele a fim de que ele procurasse outro lugar para o seu ninho. O passarinho, porém, ficou preso no barro, e começou a se debater desesperado, pensando que morreria preso ali. O joão de barro, ao ver o que tinha causado, ajudou o passarinho a sair, desprendendo-o. O passarinho, muito feliz por ter sido solto voou e cantou alegremente a sua liberdade, muito grato pelo favor do joão de barro. Um gato que rondava a árvore percebeu toda a movimentação e assim que o pequeno passarinho voou mais baixo, abocanhou-o todo de uma vez, dando fim à vida dele."

Moral da História: seu oponente visível quer seu mal, mas ele nem sempre consegue atingir você. Porém, se você anunciar a sua felicidade, aquele que você nem sabia que era seu oponente vai estar por perto para acabar com ela.

Não mesmo! 
Bom, queridos...espero ter sido clara no meu texto de hoje. Estou passando por situações não muito legais que, assim como toda a alegria que sinto, também não tenho muita vontade de compartilhar minhas dores. Espero que o post de hoje sirva para que vocês reflitam o que andam postando... Boa sorte e boa noite! :P

segunda-feira, 11 de março de 2013

Aos Jovens (Danuza Leão)

Você, que tem 20, 30 ou 40 anos, fique alerta: essa idade vai passar, e mais depressa do que imagina.
Não perca tempo, por favor, sofrendo porque a mãe ou o pai sei lá o quê.
Nada importa; quem tem 25 anos deve aproveitar a vida a cada segundo. Talvez seja inútil dizer isso, porque quem tem 25 não ouve os mais velhos, mas é muito bom ter 25. Não importa se o dinheiro está curto, se foi abandonada pelo namorado, se o futuro é incerto. Nessa idade, não há futuro certo ou incerto, há muito mais: há futuro.
Aproveite; se estiver triste em casa nesse domingo, sem amigos, nem amores nem dinheiro, pense: sou jovem, tenho uma vida pela frente. Isso é melhor do que todas as glórias do mundo, só que ninguém diz isso aos que têm 25. A mim, ninguém nunca disse.
Não dizem talvez por inveja; é mais fácil mostrar que a vida é dura, que é preciso estudar, trabalhar -o que também é ve rdade; mas ninguém pega uma menina ou um garoto de 25 pelos ombros, sacode, e diz: "Você tem 25, não se esqueça disso um só minuto, viva sua juventude. Aproveite e viva, porque ela vai passar".
E passa. Não que aos 50 não se tenham outras alegrias, outras compensações; mas saber que os de 25 não se dão conta do que estão vivendo é quase revoltante. Seria preciso que eles pensassem, de hora em hora, a cada minuto: "Tenho 25 anos".
Nessa idade não temos obrigação de nada, a não ser a de sermos felizes. Se o seu time perdeu o campeonato, se os juros estão altos, se o Waldomiro não foi preso, olhe para seu joelho, bote uma saia bem curta e vá dar uma volta no quarteirão. Coma um sanduíche bem engordativo, beba um refrigerante não-diet, deite num banco de praça, de preferência debaixo de uma árvore, e olhe o céu através das folhas, mais lindo do que a mais linda renda francesa. E respire fundo, muito fundo, pensando em tudo que pode e ainda v ai poder fazer durante muito tempo, isto é: qualquer coisa.
Ache graça em tudo, ria de tudo. O dinheiro está curto, o namorado sumiu, a melhor amiga fez uma falseta? E daí? O dinheiro pode pintar, namorado é o que não vai faltar, e a amiga, esqueça. Tome um sorvete de casquinha, pegue aquele biquíni do ano passado -o único que você tem-, vá para uma praia, e, quando mergulhar, tenha a consciência de que não existem diamantes nem rubis que façam alguém mais feliz do que a sensação de mergulhar no mar.
Quando, à noite, for para a cama com sono, pense na felicidade que é botar a cabeça no travesseiro e dormir sem precisar de comprimido para esperar o sono vir; e, quando acordar e se olhar no espelho, pense em outra felicidade, que é não ter que pintar o olho, botar um blush nem fazer uma escova, pois, por menos bonita que se seja, sempre se é linda aos 25 anos.
E, se alguma coisa te aborrecer, tire da cabeça e pense: "Sou jovem, e isso nin guém pode tirar de mim".
E viva, e sonhe, e seja feliz, porque um dia a juventude vai passar, e será uma tristeza se você não tiver aproveitado todos os minutos dela, ou os de quando tiver 30, 40, 50, 60, 70, 80 ou 90.
Para que nunca passe pela sua cabeça a pior de todas as coisas: "Eu não aproveitei a minha vida".


Danuza Leão, publicado na Folha de São Paulo, em 13/03/2005.

[Achei esse texto hoje fazendo o meu planejamento sagrado de toda segunda-feira. Ao lê-lo, tive uma sensação que já estava sentindo: a de que não sou velha coisa nenhuma! Muitas vezes, ao fazer aniversário - coisa que gostava muito - ficava feliz. Mas de uns tempos pra cá, dia 08 de maio era uma data muito feliz. Além de lembrar da partida da minha avó, era a representação de mais um ano, de estar chegando mais perto do fim. Fazer aniversário, então, me parecia que era mais um ano que eu perdi. Menos tempo pra viver. Menos juventude, menos força, menos coragem, menos vitalidade. Danuza encara a idade "25" como o auge da juventude (e olha que esse texto foi escrito em 2005). Hoje em dia, os jovens de 25 anos não são encarados assim: como jovens. Hoje em dia, nós, frutos de 1987, somos encarados como adultos, responsáveis e obrigados a estar com nossas vidas encaminhadas: idade de casar, de ter filhos, de ter um emprego e uma situação financeira estável. Engraçado...como essa idade pode ser o auge da juventude, se já é hora de estarmos com todas as decisões tomadas? Estou prestes à me despedir dessa idade com apenas um item preenchido. E, contrariando Danuza, não posso tomar refri não-diet, por que já tenho muuuuuuuuuito o que me preocupar com o peso. Mas de resto...concordo com ela. Plenamente. Ainda sou jovem. E, muito provavelmente, por bastante tempo ainda serei. Se Deus quiser.]

Era isso, caríssimos. Por hoje é só! That's all, folks! :)

segunda-feira, 4 de março de 2013

Trilha sonora da semana

Musiquinha pra começar bem a semana e ilustrar exatamente o que ando sentindo... Acho que tô ficando melosa demais, né? Mas é por aí o que o Senhor Mateus anda aprontando com o meu coração...rs