terça-feira, 27 de setembro de 2011

Trajetória do curso de Artes Visuais (Narrativa - tarefa avaliativa)

Para começar esta narrativa, considero de suma importância dizer de onde vim, ou melhor, explicar que sou uma fruta que caiu muito perto do pé. Fui, sou e sempre serei o que muitos chamam de “filha da Carminha”. Não apenas fisicamente, pareço muito, muito mesmo com minha mãe. Ela é meu espelho, meu exemplo, meu ídolo. No primeiro trabalho do curso escrevi isso e agora escrevo novamente.

Antes de iniciar o curso de graduação em Artes Visuais, trabalhei como professora de arte na rede privada e na rede municipal de ensino. Nessa época, não tinha muita noção de como ser efetivamente uma arte-educadora, mas seguindo a apostila conseguia inserir a história da arte no cotidiano dos meus alunos, trabalhando de acordo com o currículo. Já nesta época, percebia como eu tinha mais liberdade e criatividade para dar aulas “diferentes”. Gostava de misturar as disciplinas (pois também lecionava inglês nas mesmas séries), trabalhando vocabulários desenhados, cartazes para memorização, “pictionaries” (dicionário com figuras) nos cadernos dos alunos. Eles costumavam dizer que não sabiam direito se a aula era de inglês ou de artes, mas gostavam muito do que faziam. Assim como as artes plásticas, também gostava de trabalhar com músicas em inglês, dramatizações e muitas e intermináveis conversas sobre os mais variados assuntos. Na época em que eu trabalhava na escola particular, também comecei a me interessar por fotografia. Descobri um prazer imenso em registrar as coisas que via, mas nunca da maneira óbvia que todos viam, sempre com um ponto de vista um pouco diferente do dos outros. Com isso, decidi que um dia, sairei da educação para me dedicar à alguma arte. Se fotografia, ainda não sei. Só sei que é meu objetivo. E foi o que me fez ingressar neste curso.

Apesar de ser uma licenciatura, resolvi que seria bom não parar de estudar. Estava finalizando o trabalho de graduação do curso de Letras quando fiz o vestibular. Minha vida profissional encaminhada não me impediria de estudar por prazer – e desta vez para fazer um curso que me abriria os caminhos para várias outras possibilidades.

Dentre todas as disciplinas, posso considerar que amei as práticas e odiei as teóricas, salvo uma que foi a minha grande decepção: fotografia. As disciplinas pedagógicas também não ficaram muito retidas na minha mente, mas como elas se fazem essenciais para este curso, estudei-as sem muita vontade, mas com o pensamento na importância delas. Entre as práticas a minha favorita até o momento é Vídeo. É uma disciplina dinâmica, objetiva. Faz-me pensar sobre o que eu gostaria de fazer no meu trabalho final. Será que eu gostaria mesmo de trabalhar com fotografia? Ou vídeo não tornaria a minha prática muito mais interessante? Depois que a disciplina de vídeo começou, fiquei muito na dúvida. Também tenho que considerar que Modelagem foi muito produtiva, Cerâmica também me surpreendeu. Mas História da Arte não foi o meu forte, nem Prática de Ensino, nem Estágio... Enfim, Fotografia foi a disciplina que mais esperei neste curso, e não me rendeu como esperava. Em compensação, todo o ânimo que tinha nesta matéria foi “passado” para Vídeo.

Tenho plena consciência que minha capacidade plástica não é muito grande. Desta forma, procurei caprichar nos meus desenhos e pinturas, mas a meu ver, sem atingir grande êxito nisto. Acredito que dentre as minhas produções nas quais mais vejo a melhora, esta aparece nas minhas produções textuais. Mesmo que eu seja atualmente uma professora de língua portuguesa e tenha feito uma graduação nesta área, sem dúvida, o curso me proporcionou um enorme e significativo desenvolvimento na minha escrita. É fato que nos meus desenhos e modelagens não fiz nada muito “feio”, mas vejo que não é ali que me encontro para trabalhar a vida toda. Gosto mesmo é de fotografar. De criar esboços. De combinar e descombinar cores. De cortar papel. De dobrar. Acredito que é nisso que vou me aprofundar para seguir outros caminhos dentro das artes.

Depois de iniciado o curso, minha prática em sala de aula vive atrelada à disciplina de artes. Estou sempre fazendo leitura de imagens com meus alunos, como uma prática de interpretação textual. Muitos alunos ainda não percebem que há esse paralelo entre a língua portuguesa e a arte, mas eu e Rebeka (minha tutora presencial é minha colega de trabalho) sempre nos unimos em nome do aprimoramento de nossos alunos. Com isso, vejo que os alunos se divertem mais aprendendo sem perceber.

Mesmo decepcionada com a disciplina de Fotografia, desde o início do curso já tinha em mente que minha pesquisa final seria com base nesta disciplina. As leituras que foram propostas pelos professores serão muito proveitosas nesta parte. E vou aproveitar que a prática foi pouco explorada para desenvolver algo que estimule e sensibilize o aluno em sua produção fotográfica. Como também já foi escrito acima, a disciplina de Vídeo também não acabará para mim: pretendo continuar estudando para utilizar também em meu projeto final. Espero desenvolver no meu aluno a criatividade e a capacidade de utilizar das mídias de divulgação para mudar/melhorar o seu cotidiano. É com base nisto que pretendo desenvolver o projeto final.

sábado, 24 de setembro de 2011

Meu vídeo - Sophia


Clipe feito para a disciplina de Video, da professora Rosana Paste.