quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Antes que fevereiro acabe

Antes que fevereiro acabe, tenho nova satisfação a dar por aqui...rs (Na verdade, estamos em 45" do segundo tempo, hein, Fevereiro?!)

Então aí vai uma historinha ilustrada!

Até por que algo mudou, não só no meu perfil do Facebook. Acho que ele veio pra ensinar algo também. Enfim...vamos começar do começo!

Não sei se cabe aqui relatar como foi que nos conhecemos, até por que não são muitos os que entendem. Mas como sei que o meu leitor é cabeça aberta e vai compreender...

Não é novidade que a minha prioridade na minha vida é a construção da minha família. É fato também, que a minha família não se constitui - não mesmo - de laços sanguíneos (prova disso é que me dou muito melhor com a família do meu padrasto que com a família da minha mãe). Mas, enfim...

Meu niver em 2011: professora e aluno, apenas


Carnaval, bandinha na rua, inevitável encontrar gente, conversar. Já o conhecia desde 2009, quando fui professora de Inglês nas turmas do turno vespertino da EMEF Santa Isabel. Fui também professora de Língua Portuguesa no turno matutino em 2011, nessa mesma escola. Tive problemas com uns alunos, outros aprontaram na minha aula...mas tudo da minha vida profissional, principalmente no que se refere a essa escola, já é bem passado. Graças a Deus e unicamente a Ele, isso não me pertence mais.

No carnaval de 2013 a coisa foi um cadinho diferente...rs

Desta forma, foi no sábado de carnaval que tudo começou, apesar de já conhecê-lo há bastante tempo. Mesmo assim, foi tudo muito rápido. Eu não era exatamente a moça solteira, livre e desimpedida que deveria...ele também tinha alguém esperando por ele. E foi assim, que os olhos faiscaram. E foi assim que os compromissos anteriores acabaram. E foi assim que, ao terminar o carnaval, demos início ao que é a nossa realidade hoje. Não esperava que isso fosse acontecer. Já estava naquela de achar que não teria mais alguém ao meu lado. Mesmo que conheci muita gente, me envolvi com alguns. Talvez eu tenha sido afobada demais, era só saber esperar. Mas ele chegou.

E depois do carnaval, alguns torpedos. E depois dos torpedos um sábado na pracinha. E depois da pracinha um cinema... como não me apaixonar?

Pensando nisso tudo, me descobri uma pessoa melhor. Menos ansiosa, menos preocupada, acho que me tornei uma namorada mais legal atualmente...rs Ainda penso no dia que serei uma respeitável senhora mãe de família, mas temos tanto pra viver até lá, que não vale a pena perder energia pensando nisso. A única coisa que vale a pena é viver. :)

Depois de tornar oficial, me peguei escrevendo coisinhas de adolescente no meu caderno de planejamento... o bichinho me mordeu mesmo e não teve jeito: era hora de colocá-lo aqui. Deus nos abençoe e nos proteja,

Amém!



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Onde os Oceanos se Encontram

Geeeeeeente... sei que nesse mês fui meio relapsa, mas é que agora eu sou puro trabalho! Imaginem só, esse ano trabalho 50 horas por semana! rsrsrs

Enfim, vou compartilhar hoje um lindo conto da linda Marina Colasanti, minha ídola. Que é lindo demais... Emocionem-se e apaixonem-se por esta história, assim como eu sou apaixonada...

Onde os Oceanos se Encontram
(Marina Colasanti)


Onde os oceanos se encontram, aflora uma ilha pequena. Ali, desde sempre, viviam Lânia e Lisíope, ninfas irmãs a serviço do mar que, no manso regaço da praia, vinha depositar seus afogados. Cabia a Lânia, a mais forte, tirá-los da arrebentação. Lisíope, a mais delicada, cuidava de lavá-los com água doce da fonte, para depois envolvê-los nos lençóis de linho que juntas as irmãs teciam. Juntas, também, elas os devolviam ao mar, para sempre. Nessa tarefa que nunca se esgotava, as irmãs passavam os seus dias, sem trocar muitas palavras entre si. 
Foi num desses dias que Lânia viu que as ondas traziam o corpo de um afogado, que se aproximava flutuando; entrou nas ondas para apanhá-lo e, agarrando-o pelos cabelos, conseguiu traze-lo até a areia. Preparava-se para chamar Lisíope quando, ao virá-lo com o rosto para cima, percebeu que se tratava de um homem jovem e belo. Sentiu-se tão atraída que resolveu ela mesma lavar o sal de seu corpo com água doce e, usando seu pente de concha, desembaraçar os seus cabelos. Em seguida, começou a envolver o corpo do homem com o lençol, mas, sentiu uma dor tão profunda! Percebeu, então, que estava apaixonada.
Não, ela não devolveria aquele moço, pensou, decidida. E rápida, antes que Lisíope chegasse, correu para um língua de pedra que estreita e cortante avançava mar adentro e pôs-se a chamar em voz alta: “Morte, Morte, venha me ajudar!” 
Sua voz penetrou as profundezas e, num átimo, sem ruído algum a Morte saiu de dentro d’água. Lânia, então, suplicou ansiosa: “Morte, desde sempre aceito tudo que você me traz, trabalho muito sem nada pedir em troca. Mas, hoje, em troca dos tantos que já devolvi, suplico sua generosidade e lhe peço que me dê este homem, pois meu coração o escolheu.” 
Impressionada por tamanha paixão, a Morte concordou com o pedido de Lânia e fez questão de instruir: “Na maré vazante, você deve colocar o corpo do homem sobre a areia, com a cabeça voltada para o mar, pois quando a maré subir, tocará seus cabelos com a primeira espuma e nesse momento ele retornará à Vida.” Lânia fez tudo como a Morte ensinou e assim aconteceu – o homem abriu seus olhos e um lindo sorriso. 
Mas, em vez de sorrir só para ela, que o amava tanto, desde o início o seu olhar e o seu sorriso procuravam por Lisíope. Lânia percebia e fazia de tudo para afastá-lo da irmã, mas não adiantava. Não resolvia enfeitar-se, cantar com sua belíssima voz acima do ruído das ondas. Quanto mais exigia, menos ele a satisfazia. Quanto mais o buscava para si, mais à outra ele pertencia. 
Lânia estava sofrendo terrivelmente e, um dia, antes do nascer do Sol, ajoelhou-se sobre uma pedra na praia e chamou novamente: “Morte! Morte! Venha me atender.” E quando Aquela que Guarda Silêncio chegou, perdida em pranto e cheia de raiva Lãnia suplicou que atendesse apenas o último de seus pedidos. Que levasse a irmã, e nada mais ela desejaria. 
Aquela que Guarda Silêncio deixou-se seduzir pela força do ódio de Lânia. A Morte concordou com sua súplica e instruiu: “Você deve deitar a sua irmã sobre a área lisa da maré vazante, com os pés voltados para o mar; ao primeiro beijo do sal das águas, Ela a levaria. 
E assim foi. Lânia esperou uma noite enluarada e convidou Lisíope: “A noite está tão linda, minha irmã, por isso preparei a sua cama junto à brisa, no lugar mais iluminado pelo luar”. Em seguida, sorrateira, esgueirou-se até uma árvore que crescia na beira da praia, e subiu até o primeiro galho, escondendo-se entre as folhas. De olhos bem abertos, esperaria para ver cumprir-se a promessa. 
A noite, porém, se fez longa. A brisa trazia o perfume inebriante dos jasmins e o suave marulhar do mar. Lãnia adormeceu. Enquanto Lânia dorme na árvore, dorme Lisíope perto d’água. Um raio de luar despertou o homem, chamando-o para fora, para desfrutar a beleza da noite. O apelo é tão irresistível, ele se levanta e sai da caverna. Estonteado pelo perfume dos jasmins, caminha vagueando pela praia e encontra Lisíope adormecida. No sono, o rosto dela parece fazer-se ainda mais doce, boca entreaberta num sorriso.
Sem ousar despertá-la, o homem se deita ao seu lado. Depois, bem devagar, estende a mão, até tocar a mão delicada que emerge do lençol. Cresce o Amor no seu peito. Na noite, a maré sobe. Já era dia quando Lânia, empoleirada no galho, despertou. Luz nos olhos, procurou na claridade. Viu o travesseiro abandonado. Viu o lençol flutuando ao longe. Da irmã, nenhum vestígio. Pensou consigo: “A Morte cumpriu o trato”. Desceu correndo da árvore para encontrar o seu amado.
Mas sua alegria não durou muito. Seus olhos caíram sobre a areia fina onde ficara gravada a imagem de dois corpos deitados lado a lado. A maré já havia apagado os pés, breve chegaria à cintura. Mas, na areia molhada desenhava-se a marca das mãos unidas, como se à espera das ondas que subiam.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Hora de Voltar [3]

Bom, tradicionalmente eu faço essa postagem no dia 02 de fevereiro, mas ontem me distraí e perdi a data.
Enfim, hoje é domingo e estamos às vésperas da volta às aulas.

Amanhã começa tudo novamente, mas dessa vez eu volto com um friozinho a mais na barriga: assumi mais aulas numa escola na qual nunca estive antes. Mas com pessoas conhecidas, com colegas que já trabalharam comigo. Um desafio novo, eu sei, mas com muita vontade de encarar de frente e dar conta, por que é como me disseram dia desses: Deus dá a cruz que cada um pode carregar. Então, creio que sou capaz de ser professora em dois horários, levantar às 5:30 todos os dias, comer de marmita dentro do ônibus e chegar em casa só às 18:30... Vai ser um ano difícil, puxado, de trabalho árduo. Mas se Deus quiser, vai ser um ano bom.

Agora falando do meu lado pessoal...eu desisti. Ainda quero, mas desisti. Nem vou escrever o que por que sei que vocês entendem do que estou falando. Me envolvi de novo com quem não me acrescentou em nada, e isso me fez entender que não é por aí que se resolvem as coisas. Mesmo que as oportunidades sejam poucas, é preciso aprender a filtrá-las. Por isso agora ando até dizendo que não quero. Não quero namorar, não quero curtição, não quero nem sair mais. Minha programação de carnaval já está feita: ficar em casa!

E vamos ver o que vai ser desse 2013, né? Que seja melhor...peço apenas isso!