domingo, 24 de julho de 2011

O cogação da Cagol


Coisa complicada esse negócio de sentimento... Ainda na analogia dos contos de fadas que deram errado (pra variar), a pobre plebeia do cavalo roxo - ela sabe que não é nenhuma princesa - se sente cada dia mais atordoada. Esse príncipe do longínquo castelo e do cavalo vermelho não percebe que ele precisa duelar logo. Mas o problema é que o caçador do outro castelo, já desistiu da plebeia do cavalo roxo...

Ela sabe quem é que faz o coraçãozinho dela bater muito mais forte...e não é o príncipe do cavalo vermelho, nem o caçador. Seu coração pulsa mais forte e seus olhos marejam é pelo cavaleiro andante da vilazinha...tão distante dos olhos, tão perto do coração. Esse bendito extraterrestre que até já saiu da cabeça dela, vejam só que ironia, não saiu de seu coração. Infelizmente, esse cavaleiro andante já tem sua donzela, e, mais uma vez, a plebeia do cavalo roxo permanece em seus erros, em busca daquilo que só encontrará em uma pessoa...

(Imagem da postagem: Hope, Gustav Klimt)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

"A Futilidade da Vida"

É um tanto o quanto estranho escrever sobre a futilidade da vida, tendo em vista que a grande maioria das pessoas só escreve sobre as alegrias e tristezas da vida.

A vida é fútil! Se você vivê-la dessa forma entende que as suas escolhas fazem isso. Escolher viver uma vida fútil é viver uma vida sem propósitos, fingindo, escondendo o medo, e hoje a grande maioria das pessoas vive uma vida fútil.

Presos às nossas convicções que muitas vezes nem são nossas, nos deixamos levar por uma sociedade que nem sempre sabe aonde vai e acabamos por nos tornarmos frutos desse meio.

Humanos mecanizados que fazem o que se espera, escondemos nossos sentimentos atrás de máscaras esperando aprovações de “amigos”, de familiares e pessoas do nosso círculo social, pessoas essas que acabam presas a essa mesma cadeia de aprovação.

Hoje quem muito se doa é idiota, hoje quando você finge não ligar (louco que a pessoa amada ligue) você é o que manda, mas mandar em que? Em quem? E pra que? Claro que existem limites para tudo na vida, mas escolher não querer (quem você quer) pra mim é futilidade.

É a escolha que modifica tudo. Quando pensamos por nós mesmos sem ouvirmos amigos ou conselhos nós nos tornamos livres dessa futilidade dessa prisão de máscaras aonde sentimentos são sufocados. Para que? Pra enchermos o peito de um orgulho vão e dizer: “eu não chorei”, “eu não liguei” essa é atitude que nós vemos hoje em dia. Como eu disse, tudo tem limite; eu não digo para sermos os “bobos” mas que sejamos capazes de dar esse primeiro passo e depois poder dizer: “ eu tentei”, “ eu me doei” acredito que a satisfação de dizer isso é bem maior. E poder viver com isso com nossas escolhas verdadeiras, se sofrermos e chorarmos, fomos nós que escolhemos e se em uma dessas encontrarmos o amor e vivermos felizes também foi nossa a decisão.

Quando pararmos de nos deixar mecanizar e acreditarmos em nossas próprias decisões é que seremos mais que meros produtos do meio nós viveremos uma vida de verdade, não de futilidades. O mundo não vai ser sempre bonzinho, mas pelo menos não será um lugar onde estaremos apenas de figurantes e sim um palco onde atuaremos nos melhores e piores momentos.

(R. N. S.)

Texto escrito por um grande amigo, aquele que é capaz até de fazer 'filosofia de barriga vazia', dividindo um pouquinho os pensamentos dele aqui no blog.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Insistir, Resistir, Desistir*

Bom...acho que uma grande e fascinante característica do ser humano é a persistência, principalmente peculiar a nós, brasileiros, em "eu sou brasileiro e não desisto nunca!"...

Acho que isso é como uma desculpa esfarrapada para os nossos fracassos? Por que não desistir?
A maior covardia e burrice, se assim posso dizer, da humanidade é insistir num erro... aí eu, Carol, sou obrigada a me irritar com isso: desisti de poucas coisas na minha vida até hoje: fui até o fim de dois cursos na área de educação a distância - agora a caminho da conclusão do terceiro - mas...quando e como saber que não é isso? Como entender (e fazer os outros entenderem) que não é bem assim? Nem sempre trabalhar de 7 às 11 é melhor do que de 8 às 17...

Sei que se permaneço na educação, posso perder minha essência, minha identidade... Não sou do tipo que evita falar sobre certos assuntos, não sou brava, fechada, não sei impor respeito, só sei conquistá-lo através do meu caráter, dos meus exemplos, do que eu aprendi dos meus pais...

São muitas coisas que não concordo e que nunca vão mudar. Não posso mais INSISTIR nesse erro, tentando RESISTIR a pressões psicológicas... agora, a única solução que encontro é DESISTIR...

"Eu devo desistir pra um dia ser feliz?
Ou devo resistir? Eu devo insistir?

Cantando e mais do que isso gritando
E às vezes até confessando que eu não sei amar
Pois sabendo, eu não estaria sofrendo
E ainda por cima escrevendo, ao invés de falar"
Polo (Insistir, Resistir, Insistir) - Fresno.
*título apropriado da música acima.