quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Clássica do dia 13


Antes de tudo, é preciso dizer que este texto foi rascunhado dia 04 de outubro. Escolhi o dia de hoje para postar por que ainda vejo certas situações com uma pontinha de revolta e não-aceitação. Mas um pouco mais amadurecida sobre o assunto. E acho que é hora de algumas pessoas lerem certa verdade que o texto traz. Pois bem:

"Para começar, isso não é uma declaração. É um esclarecimento. Na verdade, esclarecer sem tentar ofender, porque essa não é minha intenção em relação a ninguém.
Esclarecer é preciso porque certas pessoas não compreendem o que aconteceu e o que acontece. A verdade é que o que eu sinto vai além do meu querer. É algo que não está no que controlo. Então, pra começar: 
- O fim do meu relacionamento não pode ser, de forma nenhuma, encarado como covardia, sacanagem ou tipo "liga não, Carol, ele não sabe o que perdeu". Não é bem assim. Eu não vejo que terminamos por falta de amar. Ao contrário, terminamos porque a gente, de verdade, se ama. Percebemos que não tínhamos o direito de atrapalhar a nós mesmos e eu não podia exigir que ele queimasse etapas, que ele acelerasse o tempo e as responsabilidades. Agora ainda é a hora de ele ser menino. É hora de ele pensar no ser profissional (super competente) que ele provavelmente vai ser. Lamento muito por não poder ser o suporte que ele precisa quando as vitórias vierem. Ele também se sacrificou. Também não queria que eu adiasse os  meus sonhos. Assim como não seria justo que ele acelerasse, também não era justo que eu tivesse que esperar o tempo dele. A meu ver, eu tinha (e ainda tenho) toda a paciência necessária. Eu estive muito feliz ao lado dele, e estava disposta  a esperar que o tempo dele chegasse, para que ele sonhasse e realizasse comigo. Sei que em alguns momentos também sonhou comigo. Afinal, ter uma família é um sonho lindo, que ainda nos pertence... Fizemos então, em nome do bem que queremos um ao outro, um sacrifício. Sacrificamos a vontade de estar juntos. Sacrificamos o nosso sentimento para a nossa realização.

- Não dá pra pensar que devo (ou posso ou tenho que querer ou preciso ou até mesmo que vou) esquecer. Gostar dele é algo que eu nem consigo evitar. Vai além da questão do meu querer. Já está claro que o que eu quero é construir uma família. E, para isto, não se elege um gatinho de 16 anos. Então, tê-lo na minha vida não foi uma opção, mas tornou-se algo essencial. Eu tentei não me envolver, eu quis que ele não ficasse aquele carnaval todo no meu pé. Eu pedi pra ele ir. Mas ele pediu meu telefone. Eu fechei a porta do meu coração. Ele pulou uma janelinha aberta. Eu fugi do beijo dele. Ele me ofereceu um abraço. Abraço tão gostoso, tão quente, tão irresistível... Que eu caí. Caí, fui pro chão (novidade!) E cá estou. Envolvida, apaixonada, insegura. Agora sou propriedade. Pertenço a este sentimento. Como um bem, um imóvel, ou melhor, um veículo. Então, talvez esse sentimento nem sempre seja compreensível. Na verdade, nem quero que me compreendam. "Entendo, você gosta do menino" - me disseram. É isso. Eu gosto. Não: eu amo o menino. Sem querer amá-lo, querendo evitá-lo, mas jamais (e em tempo algum) eu poderei ignorar isto. É fato que um dia, vou colocar isso tudo no bolso e pegar o "próximo ônibus que passar no ponto". Isso pode acontecer logo ou pode demorar ainda. Ou pode nem acontecer e eu vire uma "Dominque-nique-nique" e esperá-lo em vão pelo resto da minha vida. Mas não nos cabe decidir se isso vai acontecer, o futuro a Deus pertence e vamos confiar que Ele faça das nossas vidas o que for melhor."

Amém!

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