sábado, 22 de março de 2014

Sobre "A Culpa é das Estrelas", de John Green


Ei, gente. (assim, sem exclamação mesmo)

Acabei de ler esse livrinho que conseguiu me deixar mais uma vez aos prantos (como se fosse novidade algo com tanta sensibilidade como um livro me fazer ficar mais sensível...) Então , lá vamos nós:

- Eu gostaria de ter escrito as minhas considerações antes de ter terminado de ler o livro. Na verdade, eu comecei a ler sem me identificar muito com a história. Mas aí veio a citação: "Eu gostava da minha mãe, mas a proximidade perpétua dela às vezes me deixava estranhamente nervosa." Destaquei. Impossível não destacar. E impossível perceber (aí já é uma consideração pós-leitura) que os motivos da Hazel pra pensar assim, são os mesmos que eu. Ela queria que a mãe dela fizesse mais da própria vida que não fosse SÓ cuidar dela. Eu também quero muito que a minha mãe reestabeleça a sua vida social. Eu a amo, mas nem sempre deixo isso claro aqui em casa.

Aí vieram os trechos que me fizeram pensar nele. Inevitável, né? Meu assunto preferido... rs

- Muitas vezes, eu ia lendo como os dois se comportavam, e eu me vi em tantos pensamentos. Tipo, quando eu li "Aí a linha ficou silenciosa, mas não completamente muda. Era quase como se ele estivesse ali no meu quarto comigo, mas de um jeito ainda melhor - como se eu não estivesse no meu quarto e ele, não no dele, mas, em vez disso, estivéssemos juntos numa invisível e tênue terceira dimensão até onde só podíamos ir pelo telefone." Desabei e disfarcei. Eu li muito na sala de aula essa semana, então eu não pude me permitir chorar na frente dos alunos. Fiquei com um aperto esquisito no peito e lembrei quando ele me ligava depois da aula (mesmo que já tínhamos terminado) e a gente conversava horas...quando o assunto acabava ou um dos dois já estava morrendo de sono, ficávamos assim, mudos, como se a gente estivesse junto, pegando no sono...  Que saudade disso.

- Agora considerando o que eu li hoje, veio a parte em que Augustus pediu pra a Hazel escrever um "elogio fúnebre". Calma, que eu vou explicar: "Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso." Isso de agradecer pela pouca felicidade que veio com ele, é tão meu. Eu nunca pensei que outra menina (mesmo que fictícia) pensasse como eu. E isso é tudo o que eu ainda tenho a dizer pra ele. Amanhã são 400 dias. E ainda fico pensando se essa loucura tá valendo a pena. Afinal, é assim que eu sou vista: como uma louca. E às vezes, é assim que eu também penso estar, beirando a loucura. 

- Bom, mas o pior foi o final do livro, que acaba logo depois da morte do Gus. Ele escreve uma carta, falando da Hazel para o Peter Van Houten. E diz:



Eu também te aceito, Mormeu.

E por hoje é só.

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