segunda-feira, 23 de julho de 2012

Entendi...

Às vezes, a própria vida nos manda sinais, que nós cegos não percebemos. O encanto que sentimos ao nos apaixonarmos nos transforma e realmente não nos faz enxergar direito. Não no que se refere à aparência física, mas ao fato de sermos correspondidos ou não. Percebi que quando a gente gosta de alguém, das duas uma: ou esse alguém também gosta de você logo de cara e a partir disso dá tudo certo, ou não vai dar certo. Não existe relacionamento em que apenas um goste. Se torna prisão, obrigação, fardo. Não dá pra forçar algo em que não há reciprocidade, nunca vai dar certo. Amor de verdade só acontece quando flui, de ambos os lados, e isso é que é o mais complicado de encontrar. Claro que nos apaixonamos por alguém à medida que vamos conhecendo a pessoa, vendo as características em comum e o quanto isso faz bem. Ou vemos as características completamente diferentes e o quanto isso nos completa. Os opostos se atraem, é verdade. Mas o semelhante também pode se unir, sem prejuízo das partes. O que eu quero dizer aqui é que a tal da química tão importante para fazer a paixão queimar, ela precisa acontecer de ambos os lados, e isso é o inexplicável em relação ao sentimento. Não dá pra prever, não dá pra incentivar, não dá pra provocar: se rolar, rolou, se não rolar, ok, adeus! Digo isso por que acabei entendendo o tipo de mulher que agrada aos homens. Aquelas que viram as esposas e mães. E percebi que estou bem longe desse tipo. Homem gosta de mulher complicada. Mulher difícil, que faz draminha, que apela, que se mostra dependente. (E chego a essa conclusão por que não vejo outra explicação para a minha solteirice!) Meu tipo, é o maior número entre as solteiras. O tipo simples, que não exige, que confia, que é independente, que ama fácil, que mima... Esse tipo aí, não agrada. Homem gosta de ser pisado, de ser feito de besta, de ser explorado. E a pior parte é que eu não consigo mudar o meu tipo. Não consigo não rachar a conta, não consigo pedir pra me buscar em casa, não consigo dizer que vou parar d trabalhar pra cuidar de casa e dos filhos, não consigo fazer doce pensando se dá pra ir lá encontrar o cara ou não. A culpa de eu estar solteira é minha mesmo, não tem jeito. Culpa do meu excesso de independência, culpa de eu ser dinâmica, ativa, desprendida, desapegada...Então, depois de tanto pensar nisso, eu vejo que talvez, eu goste de ser assim. Talvez um dia eu encontre alguém que já esteja cansado de apanhar das mulheres "tipo-que-homem-gosta" e esteja disposto a investir em um relacionamento com alguém, independente como eu...e talvez nesse dia, eu fique livre da minha culpa. Entendi.

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