quinta-feira, 14 de junho de 2012

L'Amour...




 Já escrevi um bocado sobre ele aqui... mas a semana me levou a pensar. O que, realmente é AMAR. Quem deveras amamos? Sinceramente, eu não sei mais. Acredito no amor de mãe, amor de filho, amor de amigo. Mas por quem eu me sacrificaria? Quem se sacrificaria por mim? Não é o bastante dizer ‘eu te amo’. Palavras já não bastam para que acreditemos que o amor existe. Isso por que simplesmente o ser humano fez de sua palavra algo banal, comum, mutável. Ora dizemos que amamos, ora dizemos que odiamos. E por este motivo, deixamos de acreditar nas palavras para nos ater às atitudes. Mas, analisando friamente os comportamentos dos casais da atualidade, deparamo-nos com um povo considerado ‘de atitude’: é tatuagem com o nome da namorada, é aliança grossa no dedo, é sessão de fotos, juras de amor eterno, pedido de casamento em público, é publicação no Facebook de cá e de lá... atitude! Aí passam, sei lá, seis, sete meses...e o nosso amigo Facebook vem nos avisar que mais dois estão novamente solteiros no pedaço. E a atitude? Foi-se! Adiantou ter atitude? Não, claro que não! Qual é a fórmula do amor? Não sabemos.

Na verdade, ninguém sabe. O que é necessário para merecer o carinho de alguém que gostamos de estar perto, quais são os quesitos básicos para um relacionamento acontecer e permanecer acontecendo durante anos? Ninguém sabe e nunca saberá. A verdade é que não adianta correr atrás. A pessoa perfeita (aquela que nem existe) nunca vai bater na sua porta e dizer: ‘Oi, sou sua alma gêmea! Eu amo você e faria tudo para estarmos juntos!’ Simplesmente pelo fato de que nos dias atuais, quem faz isso é digno de pena. Se é um cara, todo mundo diz que ele é bestão, mandado da mulher. Se é uma mulher, dizem que ela é submissa, que não tem que ser dependente. Aí, as pessoas vão se desapegando, vão dando a preferência a si mesmas e à sua independência. E acabam deixando de lado uma família que deixa de existir, os valores morais e éticos, que nem sempre são priorizados, uma vez que o medo faz com que as pessoas queiram ‘curtir’ ao invés de ‘se amarrar’. Outras que não valorizam o casamento como deveriam, já que é muito, muito fácil encerrar um atualmente. Enfim...pra mim, tá tudo errado! Não é assim que era pra ser. Lá vem desabafo: eu, particularmente, quis muito aproveitar uma solteirice que só conheci depois do fim do meu segundo relacionamento.

Foram cinco anos que passei namorando. Três anos com o primeiro, que jurava que ia casar; mais dois anos com o outro, que eu não queria casar. Entre um relacionamento e outro percebi que queria curtir mais a vida, aprender coisas que não aprendi, estudar mais, me dedicar mais a meu início de carreira. Hoje eu vejo que nada disso valeu a pena. É claro que outros motivos foram mais que suficientes para o término dos meus namoros. Mas percebo que mudei muito. Aprendi a ser mais desconfiada, mais independente, mais atenta, mais esperta, aproveitar mais as situações. E nada disso me fez bem, por que por mais que eu encontre quem use de palavras e atitudes para estar comigo, eu não acreditarei. Eu não me envolverei. No fim, eu não me machucarei. A curtição, o empenho sobre a minha vida profissional me transformaram em alguém de pedra.

 “ – Não deu certo. Que pena. Próximo!”

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