Bom...hora de voltar a entrar em contato com o meu leitor antes que o mês acabe novamente e eu deixe vocês aqui, sem notícias...rs
Hoje o meu assunto é um sentimento. Um sentimento que muitas vezes brota no ser humano sem que ele perceba. Um sentimento que muitas vezes é irreversível, que traz consequências sérias e na maioria das vezes, nunca assumimos que estamos sentindo e assim que ele passa nos faz arrepender. Não, caríssimo leitor. Não estou falando de amor. Estou falando de algo muito, muito negativo. Estou falando de INVEJA.
A inveja é algo destruidor. E o pior, ela vem silenciosamente. Infelizmente, há pessoas que a sentem sem nem perceber. A inveja cega, atormenta e causa muitos males. É o que acontece nos casos do chamado "olho gordo". Acho que é por isso que, por maior que seja a felicidade que sentimos, não devemos anunciá-la. (Tá aí a explicação pra a falta de notícias...) Certas coisas, para dar certo, precisam ficar exatamente aonde estão. Nem sempre podemos contar com o fato de as pessoas de fora quererem o seu bem, e é aí que o ser humano falha: temos tanta necessidade de compartilhar nossos sentimentos que esquecemos que eles precisam ser preservados.
Preservar, nesse caso, não é o mesmo que ser introvertido ou se tornar uma pessoa mais fria. É questão de segurança mesmo. Podemos escanear o contra-cheque e postar a foto no Facebook? Obviamente, não podemos. Dessa mesma forma, não se pode anunciar a felicidade. Seja ela em excesso, ou pequena... A felicidade é um bem tão precioso, tão raro, tão passageiro que não. Não podemos correr o risco de jogar fora a felicidade pelo simples fato de querermos que os outros saibam disso. Há uma fábula muito engraçada, contada a mim por um colega meu da Língua Portuguesa que vou tentar reproduzi-la abaixo:
"Havia um passarinho e um joão de barro em galhos distintos de uma árvore. O joão de barro, sabendo que o passarinho pretendia fazer seu ninho na mesma árvore, deixou que caísse uma grande porção de barro sobre ele a fim de que ele procurasse outro lugar para o seu ninho. O passarinho, porém, ficou preso no barro, e começou a se debater desesperado, pensando que morreria preso ali. O joão de barro, ao ver o que tinha causado, ajudou o passarinho a sair, desprendendo-o. O passarinho, muito feliz por ter sido solto voou e cantou alegremente a sua liberdade, muito grato pelo favor do joão de barro. Um gato que rondava a árvore percebeu toda a movimentação e assim que o pequeno passarinho voou mais baixo, abocanhou-o todo de uma vez, dando fim à vida dele."
Moral da História: seu oponente visível quer seu mal, mas ele nem sempre consegue atingir você. Porém, se você anunciar a sua felicidade, aquele que você nem sabia que era seu oponente vai estar por perto para acabar com ela.
Não mesmo! |